O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já depõe há cerca de duas horas na CPI do Futebol, do Senado. Há pouco, ele garantiu que soube da convulsão sofrida pelo jogador Ronaldo horas antes da final da Copa do Mundo da França, em 1998. Logo depois de saber do mal-estar, se surpreendeu ao encontrar Ronaldo ainda na concentração da seleção brasileira. "Eu perguntei: `como voce tá? Ele respondeu: estou bem, presidente´". Na reunião feita com a comissão técnica, na concentração, foi acertado que Edmundo iria substituir Ronaldinho na partida. "Eu fui para a tribuna de honra (do Estádio da França) e quando foi distribuída a relação (com Edmundo como titular) já sabia do fato, tinha sabido da reunião", acrescentou. O presidente da CBF afirmou que quando faltava uma hora para a final, fui chamado pelo ex-jogador Gilmar Rinaldi, "espião" da seleção na Copa de 98. "Estão pedindo que o senhor vá lá embaixo porque o Ronaldinho chegou e vai jogar", teria dito Gilmar. Às 17h30 (hora local), numa sala anexa ao vestiário brasileiro, o técnico Zagallo comunicou que Ronaldo estava escalado.
Teixeira também garantiu não conhecer a casa, no Rio de Janeiro, conhecida como "embaixada", onde, segundo Renata Alves, ex-secretária do técnico Wanderley Luxemburgo, ocorreriam negociações irregulares de jogadores. "Nunca ouvi falar, só soube pela imprensa", afirmou. Ele também negou conhecer Renata Alves.
Leia mais:
» CPI do Futebol quebra sigilo de clubes, dirigentes e federações
» Teixeira confirma autoria de carta que defendeu Nike
» Começa depoimento de Ricardo Teixeira