Atualizada às 17h30
No depoimento que prestou hoje à CPI do Futebol, o presidente da CBF negou que a Nike obrigue a seleção a disputar uma cota de amistosos. No contrato original de patrocínio, a empresa de material esportivo tinha direito a organizar cinco partidas por ano do Brasil, que não recebia nenhum pagamento para entrar em campo. Segundo Teixeira, o contrato foi renegociado e impõe apenas dois jogos anuais, que ainda assim dependem de aprovação da CBF. "Não somos obrigados a aceitar nenhum jogo da Nike", acrescentou.
Nos jogos que escederem os dois, a cota mínima da seleção é de US$ 500 mil. Caso o valor a ser pago supere este valor, o excedente é dividido meio a meio com a CBF.
O presidente da CBF disse não temer que a investigação do contrato leve a Nike a rompê-lo. "A cpi não está incluenciando em nada. É um excelente contrato para a CBF, mas também é para a Nike", afirmou. No contrato, uma cláusula garante à empresa o direito de romper o contrato até mesmo no caso de instabilidade política no Brasil.
No início do depoimento, Ricardo Teixeira já havia defendido o contrato, afirmando que é o mais vantajoso já firmado entre uma seleção e uma empresa.
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