Domingo, 18 de fevereiro de 2001, 14h25
Atualizado às 00h33

A onda de rebeliões alcançou mais da metade dos 32 presídios em todo o Estado de São Paulo. No total, presídios em 19 cidades confirmaram que tem ou tiveram rebelião, o total de amotinados chegou próximo a 25 mil. A série de rebeliões foi liderada pelo Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que tem membros em todas as penitenciárias paulistas.

Na capital, três cadeias foram dominadas pelos presos. Além do Carandiru, a Penitenciária do Estado e a Casa de Detenção Provisória do Belém, onde está preso o Maníaco do Parque. No litoral sul do Estado, cerca de 790 detentos mantiveram 727 familiares e três agentes penitenciários como reféns no presídio de São Vicente, onde a polícia começou a tomar posições dentro do presídio por volta das 18h15.

No interior do Estado, em Marília, 800 presos se rebelaram, fazendo dez funcionários e 260 visitantes reféns. Em Mirandópolis, os 880 presos amotinados já liberaram os reféns, mas ainda não voltaram para as celas. Em Campinas, são 1200 presos fizeram 84 reféns, sendo 73 familiares de detentos.

Choque - A Tropa de Choque mobilizou-se em diversos presídios do Estado. A polícia invadiu os presídios de Hortolândia, Iperó, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, São Vicente, todos no interior, e Carandiru e Belém, na capital.

O Carandiru é o centro de todas as rebeliões e todas as negociações estão paradas no interior, litoral e Grande São Paulo, pois os amotinados nesses presídios estão esperando o desfecho da situação na capital paulista. Por volta das 17h30, o Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu o Carandiru.

Veja as penitenciárias que estão rebeladas:

São Paulo / capital