O senador Eduardo Suplicy chegou à Casa de Detenção do Carandiru no começo da manhã, por volta das 5h, para ajudar nas negociações. A pedido dos detentos, Suplicy foi levado para o 5º andar de um dos pavilhões, de onde o senador conversa com o Comando da PM e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo por um telefone celular que pertence a um dos presos.Segundo Suplicy, os presos rebelados se dispõem a negociar com as autoridades e evitar, ao máximo, o confronto com a Tropa de Choque da Polícia Militar. "Mulheres, crianças e idosos estão sendo libertados em grupos de 20 pessoas, em intervalos de 15 minutos, atendendo as exigências dos secretários Petrelluzzi e Furakawa" (secretário de Segurança Pública e secretário de Administrações Penitenciárias), confirmou Suplicy.
Em entrevista à imprensa, Suplicy disse pelo celular que os presidiários não estão agredindo os reféns e aceitam se entregar, retornando às celas e se preparando para a revista. "Estive conversando com o Comando da Polícia e as autoridades afirmaram que só irão intervir somente se a situação não se normalizar até o meio-dia, quando a série de rebeliões completará 24 horas".
Negociações - Na manhã de hoje, os secretários Marco Vinício Petrelluzzi e Nagashi Furakawa estão reunidos com comandantes da Polícia Militar de São Paulo para decidirem o rumo das negociações. A assessoria de imprensa da Secretaria de Sugurança Pública prometeu divulgar um boletim oficial com o número exato de mortos, reféns e a situação das rebeliões nos nove presídios.
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