O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou hoje na porta da Casa de Detenção de São Paulo, que a situação dentro do presídio está calma e que não há mais reféns no interior da carceragem. Apenas um grupo de mulheres permanece por vontade própria dentro do presídio.O senador disse que sugeriu para o secretário de segurança pública de São Paulo, Marco Vinicio Petreluzzi, a participação de uma comissão de políticos ligado ao PT nos trabalhos de revista das celas e dos presos. Petreluzzi não aceitou a sugestão.
Parlamentares fiscalizarão presídio - De acordo com o deputado Renato Simões, da Comissão de Direitos humanos, a Tropa de Choque irá entrar nos pavilhões rebelados no Carandiru com a ordem de não revidar a ataques.
O deputado, que está dentro do presídio, disse que os agentes penitenciários irão fazer a revista dos presos e parlamentares como ele e o senador Suplicy irão fiscalizar a condição dos presos no interior da penitenciária. A revista deve durar a tarde toda.
Além de Simões, o deputado federal Fernando Gaberia (PV) também quer participar da comissão. Nós não pretendemos impedir a PM de entrar, mas apenas contribuir com as negociações para que tudo termine na maior paz possível", acrescentou Gabeira, lembrando que esteve no Carandiru no massacre de 1992. "A lição que se deve tirar (de 1992) é que se deve evitar a violência em situações como esta", disse o deputado.
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