A rebelião na Penitenciária 2 de Pirajuí acabou perto das 12h, quando os presos decidiram soltar os cerca de 250 reféns. A Tropa de Choque invadiu o presídio perto das 10h e os detentos montaram barricadas e começaram a queimar os colchões para impedir a ocupação da penitenciária. Depois de algumas horas de negociação, os rebelados decidiram se render. A PM começou a revista dos presidiários perto das 13h30.Dos 29 focos de rebelião em São Paulo (em 25 penitenciárias e 4 delegacias), liderados pela quadrilha Primeiro Comando da Capital PCC, que age no interior dos presídios, Pirajuí foi o último a se render. A onda de rebeliões começou ontem, às 13h, no complexo penitenciário do Carandiru, onde cerca de oito mil detentos fizeram perto de sete mil reféns.
Poder do PCC - A onda de rebeliões foi uma demonstração de força do PCC, que protestou contra a retirada de cinco de seus principais líderes do Carandiru. Em todas as cadeias rebeladas, na cidade de São Paulo e no interior do Estado, lençóis com a sigla e o slogan da quadrilha (Paz, Justiça e Liberdade) foram pendurados nas janelas.
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