Alexandre Rodrigues/Redação TerraO presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Câmara, deputado federal Marcos Rolim (PT-RS), criticou a postura do comando da área de segurança de São Paulo na negociação com os presos rebelados. No início da tarde, ele se reuniu com os secretários estaduais da Administração Penitenciária, Nagashi Furokawa, e de Segurança, Marco Vinício Petreluzzi, antes de seguir para o Complexo do Carandiru, onde entrará junto com uma comissão de parlamentares.
"Eu acho que a linha mestra das preocupações é de repressão, não de solução dos problemas. O problema é exatamente esse", disse Rolim.
No dia 31 de agosto do ano passado, o deputado esteve na penitenciária do Estado, no Complexo do Carandiru, junto com a 2ª Caravana Nacional de Direitos Humanos. Na visita, os parlamentares encontraram presos em condições precárias e em clima de tensão. Segundo Rolim, desde então a situação piorou. "O indulto de fim de ano nunca foi tão restritivo. Ao contrário dos anos anteriores, quando 8% dos presos (condenados por delitos leves) ganhavam a liberdade, em dezembro só 1% deles foram indultados. Isso gerou uma frustração imensa", disse.
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