Atualizado às 17h43O secretário da Segurança Pública Marco Vinício Petrelluzzi admitiu que o número de mortos nas rebeliões que tomaram conta das cadeias paulistas ontem subiu para 15. Anteriormente, Petrelluzzi informava que havia apenas 12 mortos. O secretário afirmou que o número pode aumentar, pois a revista nas penitenciárias continua.
Segundo Petrelluzzi, são cinco mortos no Complexo do Carandiru, cinco no Centro de Detenção Provisória de Franco da Rocha, dois no Centro de Detenção do Belém (zona leste da capital), dois na Penitenciária do Estado e um na Penitenciária II de Pirajuí, no interior do Estado.
Número de mortos pode ser maior - O deputado Wagner Lino (PT), da Comissão dos Direitos Humanos, afirma que o número de mortos no Carandiru pode ser maior. De acordo com ele, três novos corpos foram encontrados durante a revista no Carandiru: um teria sido achado enrolado em um colchonete dentro de uma lata de lixo do Pavilhão 8, outro na Casa de Máquinas do Pavilhão 6 e mais um no primeiro andar do Pavilhão 5 (confira o nome dos mortos).
Uma das mortes confirmadas por Petrelluzzi foi no telhado da Casa de Detenção. Os bombeiros tentavam resgatar um preso chamado Chacrinha que, de acordo com o secretário, reagiu com agressividade e foi morto pelos policiais. Petrelluzzi atribuiu a reação do detento a supostos problemas mentais.
29 focos de rebelião - Os secretários da Administração Penitenciária e da Segurança Pública confirmaram que houve 29 focos de rebelião em todo o Estado de São Paulo ontem: 25 penitenciárias e 4 delegacias. Todas as rebeliões foram organizadas pelo Primeiro Comando da Capital, quadrilha ligada ao Comando Vermelho que age no sistema penitenciário paulista.
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