Segundo o secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, dez líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) serão responsabilizados pelas mortes e incidentes durante a rebelião deste final de semana. A rebelião atingiu 29 unidades prisionais no Estado. Os criminosos haviam sido transferidos na última sexta-feira da Casa de Detenção e da Penitenciária do Estado, no Complexo do Carandiru. De acordo com Furukawa, não há dúvidas que os líderes participaram da rebelião. "Com certeza os eles, que foram transferidos, tiveram participação direta na rebelião", disse. Furukawa afirmou que os líderes das rebeliões nas unidades prisionais serão identificados por meio de inquéritos e indiciados.
Em entrevista à imprensa depois de uma reunião de cúpula com os secretários Petrelluzzi e Furukawa, o promotor de justiça Carlos Cardoso, representante do Ministério Público de São Paulo que participa da investigação das rebeliões, disse que os detentos que participaram dos motins passarão por um inquérito policial e serão punidos. "Vamos investigar o envolvimento dos presos nos assassinatos e a entrada de celulares nos presídios. Funcionários das carceragens também serão alvo das investigações e garantimos que os culpados serão punidos de acordo com a lei."
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