Atualizado às 14h39Terminou por volta das 5h30 a rebelião na penitenciária de Pirajuí I, no interior de São Paulo, após ameaça da Tropa de Choque de invadir o local. Cerca de 800 presos estavam rebelados desde a tarde de ontem. Dois presos morreram.
Segundo a Polícia Militar (PM), todos os sete reféns foram libertados. Pirajuí I não participou das rebeliões em massa que tiveram início na tarde de domingo. Uma revista minunciosa foi iniciada logo após o fim do motim.
Na madrugada de hoje, dois presos foram encontrados mortos dentro do presídio, sendo um deles decaptado. Já o preso que avisou sobre as mortes dos companheiros foi atirado do telhado da penitenciária, juntamente com outros três detentos. Os três foram internados no Pronto-socorro Municipal de Bauru.
Negociação - A rebelião em Pirajuí I foi comandada por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que obrigaram os demais detentos a aderir ao motim. Eles queriam a transferência de 14 apenados para a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru.
O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, não se rendeu aos presos e atendeu apenas uma das reivindicações feitas ontem: cinco líderes do PCC na penitenciária serão isolados em uma única cela.
A Tropa de Choque, que estava de prontidão hoje para invadir o presídio caso os presos não libertassem os reféns, fez a revista na penitenciária para verificar a existência de armas, drogas e até mesmo se ainda há mais mortos.
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