Em seu depoimento ao Conselho de Ética do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA)
disse que os funcionários do Prodasen foram coagidos por Regina Célia Borges: "Ela usou o meu nome para garantir a adesão dos envolvidos". ACM usou a estratégia de acusar Regina e o ex-líder do governo no Senado José Roberto Arruda (ex-PSDB-DF) para se defender desde o pronunciamento inicial à comissão, durante o qual leu trechos do depoimento concedido pela ex-diretora do centro de processamento de dados do Senado. O senador ressaltou o fato de que ela garantiu que não atenderia o pedido de conseguir a lista de votação se a ordem partisse dos demais senadores. Telefonema polêmico - Na avaliação de ACM, as afirmativas de Regina em relação ao telefonema de agradecimento que ele teria feito a ela foram pouco esclarecedoras: "O que levou inclusive o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) a pedir maiores detalhes". Pela primeira vez, entretanto, o senador baiano admitiu ter feito o telefonema, mas disse que deu uma palavra de conforto, "mas não de solidariedade", ao saber de Regina Borges sobre a violação do painel. No telefonema, que segundo ele durou 34 segundos, teria lhe dito: "A senhora tem serviços prestados ao Senado. Não fique nervosa porque a senhora não deve ter culpa".
Interferência junto à Unicamp - Cobrado pelo senador Saturnino Braga (PSB-RJ), relator do Conselho de Ética, sobre por que não tomou uma atitude quando soube da violação quando ainda era presidente do Senado, ACM disse que não fez nada "para não deixar o nome do Senado em má situação". Ele admitiu ter tomado conhecimento do caso pela própria Regina Célia Borges, ex-diretora do Prodasen, a quem acusou de ter pedido para que ele "desse uma palavra" junto à Unicamp, que investigava a violação do painel.
"Eu me questionei se deveria tomar uma providência ou não, seu eu fui omisso ou não. Mas eu tenho certeza que a maioria dos senadores, se estivesse no meu lugar, não iria colocar aquela votação em risco", acrescentou. ACM confirmou ainda que a ex-diretora do Prodasen o pediu também para "parar de brigar".
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