Últimas     Notícias     Mundo     Brasil     Economia     Popular     Especiais     Esportes     Informática     Diversão

INDICADORES
» Cotação do dólar
» Outros indicadores
BOLSA DE VALORES
» Consulte uma cotação
» Outras bolsas
BASTIDORES
» Claudio Humberto
PREVISÃO DO TEMPO

» Imagem do satélite
SERVIÇOS
» Agenda
» Empregos
» Horóscopo
» Imposto de Renda
» Mapas
» Mega-Sena
» Finanças Pessoais
BUSCA
» Busca em notícias
» Busca na Internet

Acareação pretende desfazer contradições
ACM pediu aos senadores que não façam pré-julgamentos (Foto: Agência Brasil)

Quinta, 03 de maio de 2001, 07h55

A acareação entre os senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF) e a ex-diretora do Centro de Processamento de Dados do Senado (Prodasen) Regina Borges tem o objetivo de desfazer as contradições apresentadas durante os depoimentos individuais. A sessão é inédita na Casa.

As perguntas deverão ser breves e centralizadas nos pontos de contradição sobre as circunstâncias que levaram à violação do sistema eletrônico do painel do Senado, quebrando o sigilo da votação que resultou na cassação do ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF). As regras da acareação foram definidas ontem pelo presidente do Conselho de Ética, Ramez Tebet (PMDB-MS). "Não será um novo depoimento e nem um massacre. Será uma sessão de esclarecimentos, centrada nos pontos contraditórios", disse Tebet, demonstrando preocupação em garantir à funcionária Regina os mesmos direitos dos dois senadores.

Entenda o caso
A acareação minuto a minuto
"Serão dois senadores contra uma funcionária. Acho que essa forma favorece ACM, que é o mais cara-de-pau", acusou o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MS), um dos principais inquisidores dos dois senadores nas sessões do Conselho.

ACM fez ontem um apelo no plenário do Senado para que a acareação não descambe para discussões "estéreis" e pediu aos membros do conselho que não façam pré-julgamentos. "Isso não é justo, não é correto, é um absurdo", esbravejou ACM, referindo-se a intregantes do Conselho que estariam antecipando posições à imprensa.

AS CONTRADIÇÕES
Os aspectos que não ficaram esclarecidos nos depoimentos de Regina Borges, Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda:
Pergunta:ACM pediu a Arruda que procurasse Regina Borges para, em seu nome, questioná-la sobre a possibilidade de obter o resultado de uma votação secreta?
Versões:Regina e Arruda dizem que sim, e ACM nega.
Pergunta: Arruda deu uma ordem, fez um pedido ou uma consulta sobre a possibilidade de obter a lista com o resultado da cassação de Luiz Estevão?
Versões: Arruda diz ter feito uma consulta. Regina diz que encarou como uma ordem de ACM, que nega qualquer envolvimento.
Pergunta: Qual a razão para o interesse na lista de votações?
Versões: Regina diz que, na conversa com Arruda, ficou claro que a vontade de ACM era ter a lista com os votos. Arruda diz que a preocupação de ambos era com a segurança do sistema. ACM nega qualquer conversa prévia sobre o assunto.
Pergunta: Regina conversou com Arruda na manhã da votação, para confirmar que seria possível extrair a lista do painel?
Versões: Regina diz que sim, e conseguiu rastrear uma ligação para o celular do senador, às 10h09min do dia da cassação. Arruda diz que se houve a ligação, Regina não falou com ele.
Pergunta: Arruda sabia que o envelope pardo entregue a seu assessor continha a lista com os votos?
Versões: Regina diz que sim. Arruda nega.
Pergunta:O que ACM disse a Regina na ligação que fez após receber a lista de Arruda?
Versões: Regina diz que o ex-presidente do Senado agradeceu a lista com uma expressão equivalente a “Valeu”. ACM diz ter tranqüilizado a funcionária, mas nega ter agradecido. Arruda diz que houve o agradecimento.
Pergunta: ACM repreendeu Regina, posteriormente, pela violação do painel?
Versões: A servidora diz que não foi repreendida e narrou encontros posteriores. ACM diz ter “admoestado” Regina, mas diz que não quis demiti-la.
Pergunta:Houve violações anteriores do painel de votações?
Versões: Regina nega essa possibilidade. Arruda diz ter dúvidas sobre se foi a primeira vez que se conheceu o resultado de sessões secretas. ACM diz desconhecer violações anteriores.
Pergunta: Por que os senadores não tomaram providências contra a funcionária pela violação do sistema, uma vez que dizem não ter ordenado a fraude?
Versões: Arruda diz que caberia ao presidente do Senado qualquer providência; ACM afirma que quis evitar a anulação da cassação e zelar pela “imagem do Senado”.

Leia mais:
» Acareação entre ACM, Arruda e Regina não tem hora para acabar
» Pedro Simon diz que acareação não vai alterar nada
» Membros do Conselho não podem fazer juízo de valor, diz ACM
» Jader pede que Senado retire sua imunidade parlamentar

Agência RBS

Volta

 
 

Copyright© 1996 - 2001 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.