O corregedor do Senado e membro do Conselho de Ética, senador Romeu Tuma (PFL-SP), disse que a forma escolhida para a realização da acareação, no caso da violação do painel de votações da Casa, torna menos eficiente o resultado da confrontação.
A partir das 14h30, vão estar frente a frente no Conselho os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) José Roberto Arruda (sem partido-DF) e a ex-diretora do Serviço de processamento de dados do Senado (Prodasen), Regina Borges.Utilizando sua experiência como delegado, Tuma explicou que em sessões como esta são feitas análises da reação psicológica e física dos depoentes, daí a necessidade do "olho no olho". "Sentados lado a lado, eles farão no máximo um orelha a orelha", ironizou.
O corregedor já tinha se declarado contrário à forma como a acareação será feita, com os três acusados de envolvimento na violação do painel eletrônico juntos. Para Romeu Tuma, a acareação deveria ser feita em duplas.
Ele acrescentou que vai prosseguir nas investigações, tentando obter a lista com os votos da sessão que cassou o então dos senador Luiz Estevão. "A lista é um corpo de delito. Não pode haver homicídio sem corpo", comparou.
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