Quarta, 23 de maio de 2001, 17h12

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Os integrantes do Conselho de Ética do Senado aprovaram, por 13 votos a dois, o relatório do senador Saturnino Braga (PSB-RJ), que pede a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF). Agora, o processo será enviado á Mesa Diretora do Senado, que terá 15 dias para se pronunciar sobre o caso.

Antes da votação, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) anunciou que submeteria a plenário a decisão de apreciar o voto em separado, apresentado pelo senador Paulo Souto (PFL-BA). O parlamentar baiano propôs o desmembramento do relatório elaborado por Saturnino, uma manobra que obrigaria os senadores a votar em separado diversos pontos do documento.

O objetivo da tropa de choque do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) era conseguir a retirada de alguns trechos do texto, inclusive aquele que sugere a abertura do processo de cassação. Contrário à apresentação de destaques, o relator Saturnino Braga afirmou que, caso eles sejam aprovados, ele pretende retirar o seu parecer, por entender que o relatório estará "descaracterizado". A proposta foi rejeitada por dez a cinco, prevalecendo a votação do relatório do senador Saturnino Braga na íntegra.

Votaram a favor: Cassildo Maldaner (PMDB-SC), Ney Suassuna (PMDB-PB), Amir Lando (PMDB-RO), Francelino Pereira (PFL-MG), Geraldo Althoff (PFL-SC), Nabor Júnior (PMDB-AC), Heloísa Helena (PT-AL), Lauro Campos (sem partido-DF), Lúcio Alcântara (PSDB-CE), Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ), Antero Paes de Barros (PSDB-MT), Osmar Dias (PSDB-PR) e Romeu Tuma (PFL-SP)

Votaram contra: Paulo Souto (PFL-BA) e Waldeck Ornélas (PFL-BA)

Os senadores do PFL, Romeu Tuma (SP), Waldeck Ornélas (BA), Paulo Souto (BA), Geraldo Althoff (SC) e Francelino Pereira (MG), foram os votos vencidos no pedido de destaque do relatório do senador Saturnino Braga.

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