Quarta, 01 de agosto de 2001, 18h52
O Grupo Pão de Açúcar, de propriedade da família de João Paulo Diniz, afirmou que o helicóptero que caiu na última sexta-feira em Maresias, no litoral Norte de São Paulo, seguia todas as normas de segurança do Departamento de Aviação Civil (DAC). No comunicado, a empresa afirma que quer colocar fim às especulações sobre irregularidades no vôo, mas não rebate as acusações, publicadas hoje pelo Jornal do Brasil, de que não constava no plano de vôo a ida para Maresias, o que tornaria a rota irregular.

O co-piloto Luís Roberto Cintra, que sobreviveu ao acidente, também divulgou nota. Ele disse que prestou todos os esclarecimentos técnicos sobre o caso durante entrevista aos oficiais do DAC, ontem. Cintra contou que conseguiu sobreviver apenas porque largou o cigarro e pratica esportes, "condição que me favoreceu demais durante o longo trajeto em que nadei até chegar à praia", escreveu.

De acordo com o comunicado do Pão de Açúcar, o helicóptero se encontrava em perfeitas condições de uso e estava com a manutenção em dia. A empresa também afirmou que o heliponto em que iria pousar o helicóptero estava apto, de acordo com o DAC, para efetuar pousos tanto durante o dia quanto durante a noite.

De acordo com o jornal, o helicóptero decolou do Campo de Marte com plano de vôo registrado para ir apenas à avenida Paulista, onde embarcaram João Paulo e Fernanda Vogel, sua namorada. Não havia autorização para prosseguir ao litoral norte. O DAC não forneceu maiores detalhes sobre o assunto. Na queda, morreu o piloto Ronaldo Jorge Ribeiro e desapareceu a modelo Fernanda Vogel, que ainda não foi encontrada pelas equipes de resgate. O empresário João Paulo Diniz e o co-piloto Luís Roberto Cintra sobreviveram e passam bem.

O delegado-titular do 1º Distrito Policial de São Sebastião, Odair Bruzos, iniciou ontem o inquérito que irá determinar as causas e eventuais responsáveis pela queda do helicóptero do grupo Pão de Açúcar. Enquanto isso, os bombeiros continuam procurando por Fernanda Vogel e têm recebido cerca de 30 telefonemas por dia com possíveis locais no mar ou em ilhas onde a modelo teria sido avistada, mas até agora nenhuma das pistas ajudou nas buscas.

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Redação Terra

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