O tenente da Brigada Militar, Paulo Sérgio Souza, quer pedir perdão à família do tenista Thomás Engel, morto por ele no dia 2 de setembro, durante uma abordagem, em São Leopoldo. Ele disse que é uma pessoa de boa índole e que não tinha a intenção de matar. Segundo Souza, o tiro foi involuntário e que quando saiu do carro a arma estava destravada. O tenente disse que o clima era tenso por causa da desobediência dos três garotos de permanecerem parados. "Eu não sei o que aconteceu. Meu dedo apertou o gatilho e eu levei um susto. Larguei a arma e fui ver o que que tinha acontecido. Os outros meninos me perguntavam por que eu tinha feito aquilo, eu não tinha o que dizer".
De acordo com a rádio Gaúcha, a manifestação do tenente foi porque ele está apavorado com a possibilidade de ser preso. Na sexta-feira passada, o Ministério Público do município solicitou a prisão preventiva de Paulo Sérgio Souza.
Ele deve ser indiciado por homicídio doloso. Caso a justiça aceite a denúncia, Souza vai à júri popular. O tenente matou o tenista pelas costas, com um tiro de espingarda, durante uma batida policial. A promotoria entendeu que o jovem não teve chance de defesa.
O tenente havia sido reprovado em abril de 1999 no teste psicotécnico para ser promovido de sargento a tentente. Ele obteve o cargo através de uma liminar na justiça. O Estado recorreu, mas o mérito ainda não foi julgado.