3G do Kindle Paperwhite dá fôlego aos e-readers no Brasil
Em um mercado cada vez mais dominado por smartphones e tablets, a Amazon ainda consegue dar ao Kindle uma sobrevida. Ao atualizar o modelo Paperwhite 3G de 6 polegadas com novas funções e melhoria na leitura de tela, a companhia de Jeff Bezos dá mais fôlego aos e-readers, substitutos tecnológicos dos livros de papel.
O aparelho é ótimo para quem é fã incondicional de literatura, ou mesmo para quem deseja ler em um gadget confortável - sem dúvida mais confortável que um smartphone ou tablet. Ele possui guia fácil e de iniciação rápida que possibilita a qualquer pessoa configurar o Kindle, além disso, se armazena palavras que o leitor marca durante a leitura ou escreve durante uma pesquisa.
Sua nova versão mostra uma melhoria no sistema de iluminação, tornando mais fácil a leitura tanto no escuro, como no sol do meio-dia (sem sombra). A sua bateria é extretamente potente quando a questão é durabilidade - o Terra recebeu o aparelho em agosto, no dia dos pais, carregamos uma única vez e não precisamos carregar mais.
Tudo no Kindle Paperwhite é administrado pelo toque na tela, tanto que o gadget tem apenas um “botão de descanso”, ao lado da conexão USB.
Conexão e acessos
Também chama atenção no e-reader o sistema de conexão 3G único. Em qualquer lugar do mundo, o usuário pode entrar na loja de livros da Amazon e baixar livros, montando uma verdadeira biblioteca com 2 GB de armazenamento interno (aproximadamente 1,1 mil livros).
Mas, como já diria o velho ditado, quando a esmola é demais, o santo desconfia.
Para registrar-se na loja da Amazon e baixar livros de graça é preciso realizar o cadastro por completo, ou seja, o usuário também deve informar seu cartão de crédito, um modo de induzir a pessoa a efetuar compras na loja.
O usuário que não se registrar com o cartão poderá baixar apenas “amostras” dos livros, com somente algumas páginas disponíveis.
Resumo
Pesa em favor do Kindle Paperwhite 3G que o aparelho é ideal para leitura e a Amazon possui uma vasta biblioteca digital, mas é preciso manter o cartão de crédito com “rédeas curtas” para não se perder na loja digital.
Seu preço atual de R$ 699 na loja online da Amazon faz o usuário realizar a famosa comparação entre e-readers e tablets, mas é preciso separar um do outro.
O tablet não possui a mesma capacidade de visualização de artigos e livros. E o e-reader é limitado a esta função - leitura - e acesso à internet. Sem possibilidade de ver vídeos ou escutar músicas.
A navegabilidade ficou mais fácil, por outro lado, e você não sente que está lendo um livro digital e sim um livro normal - mesmo quando a leitura é longa como em “Guerra e Paz” de Leon Tolstói ou o livro “Beethoven”, com a análise de Richard Wagner sobre o autor de Nona Sinfonia Coral.
A escrita com os dedos é um pouco complicada, talvez fosse o caso de ter uma caneta para facilitar nesta função. Além disso, há certa dificuldade para sair de um livro para outro (ao clicar no cursor no alto da tela). É preciso pressionar com certa força na tela para a opção aparecer. Em locais com Wi-Fi no limite, como um café, por exemplo, o acesso à páginas de internet e redes sociais chega a ser um pouco sofrível.
Por fim, o ato de baixar livros em sua conexão 3G é muito rápido. Em menos de 30 segundos já é possível começar a leitura de uma obra de 600 páginas.