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A água da chuva é sempre potável?

A água da chuva é potável apenas após tratamento, mesmo caseiro, por conta de substâncias absorvidas na atmosfera. Há, ainda, o perigo dos PFAS em todo o mundo

11 set 2022 - 21h03
(atualizado em 12/9/2022 às 11h39)
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Foto: engajar akyurt/unsplash / Canaltech

É seguro beber água da chuva? Em seu estado natural, sem tratamento, não, não é seguro. Há, na atmosfera, uma série de substâncias contaminantes, absorvidas pela água quando esta evapora, trazendo consigo os tóxicos dos centros urbanos e indústrias.

Entre os elementos poluentes, podem estar partículas de poeira, fuligem, sulfato, amônio e nitrato, especialmente em regiões metropolitanas, onde também há mais queima de combustíveis, liberando gases cancerígenos como o benzeno. E a água do campo não é mais limpa: a chuva formada nesses ambientes pode ter excesso de cálcio e potássio.

No litoral, há a possibilidade do excesso de sódio. Entre as ameaças à saúde por parte dessas substâncias, há hipertensão e problemas cardíacos. Mesmo a água da chuva coletada em cisternas não é diretamente potável — tanto nesse caso quanto em outras maneiras de armazenamento, é necessário tratar a água antes de beber.

Se tratada, a água da chuva pode ser potável

Para filtrar a água e torná-la potável, podem ser usados filtros de cozinha convencionais, cuja vela — se bem mantida, claro — pode remover partículas. O ideal, no entanto, é ferver a água por pelo menos 5 minutos para eliminar bactérias sobressalentes.

Como parte do tratamento de água, é preciso descartar a primeira leva recolhida na sua captação, já que as calhas do telhado costumam ficar muito sujas e poluem a água potável. Só se pode bebê-la após ignorar o primeiro volume pluvial por alguns minutos, e, é claro, depois de realizar o tratamento descrito acima.

O armazenamento da água então potável deve ser feito em vidros limpos ou garrafas de aço inoxidável. Garrafas de plástico não são indicadas, pois são úmidas e têm muito contato com boca e mãos, proliferando bactérias. Lavá-las não é suficiente, já que contaminantes plásticos como os bisfenóis não são eliminados. Após esses procedimentos, a água da chuva pode ser bebida.

O perigo de produtos químicos eternos

Alguns estudos afirmam que a água da chuva não é mais potável em nenhum lugar no mundo por conta da alta presença detectada de perfluoroalquil e polifluoroalquil, ou PFAS, os chamados produtos químicos eternos, em quase todos os países.

Presentes em embalagens de alimento, produtos antiaderentes, tintas, papéis e capas de chuva, por exemplo, essas substâncias químicas são muito persistentes, e mesmo quando eliminados da indústria pelos fabricantes, eles continuam na água, ar e solo. Eles não chegam a ser substâncias tóxicas, mas sua permanência é problemática: por não se decompor no meio ambiente, eles chegaram até áreas remotas da Antártida.

Alguns estudos ligam os PFAS a riscos de desenvolver diversos problemas de saúde a longo prazo, como câncer, infertilidade e atraso no desenvolvimento de crianças. Não há ainda, no entanto, uma relação de causa e efeito definida e alguns estudos não encontraram essa conexão.

Tratar a água para remoção dessas substâncias é possível, mas caro, e algumas empresas buscam substituí-las por compostos mais saudáveis, mas o caráter consultivos dos níveis considerados seguros de consumo ainda mantém a indústria, como um todo, despreocupada.

Fonte: eCycle, Environmental Science & Technology

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