A casca pode ser a parte mais nutritiva da comida; ao jogá-la fora, você ajuda a piorar a crise climática
Cascas, talos e sementes que vão direto para o lixo ainda carregam nutrientes valiosos — e seu descarte em massa é um retrato de como o desperdício silencioso começa dentro de casa.
Todo dia, milhões de pessoas descartam o que poderia estar enriquecendo o prato — e não apenas em sabor, mas também em saúde. A casca da banana tem mais fibras que a própria fruta. A do maracujá é carregada de pectina, que ajuda na saciedade e no controle do colesterol. Já a casca da laranja, além do aroma, carrega uma concentração alta de vitamina C. Mesmo assim, esses ingredientes continuam sendo tratados como lixo, sem que se perceba o valor nutricional e ambiental que vai junto.
Boa parte do desperdício alimentar não está nos alimentos que estragam nas prateleiras ou nos pratos que sobram no restaurante. Ele começa muito antes, em casa, na escolha de não aproveitar aquilo que já está ali, disponível — e que, por hábito ou desinformação, é ignorado.
Estima-se que cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo sejam desperdiçados todos os anos. A decomposição desse material orgânico em aterros libera gás metano, um dos mais potentes para o agravamento do efeito estufa.
Esse descarte silencioso, que parece inofensivo no cotidiano, se transforma num problema ambiental em escala global.
Mas o desperdício também é uma questão de acesso e saúde. Em um cenário de insegurança alimentar crescente, saber reaproveitar o alimento de forma integral é uma forma de resistência. É economia doméstica, é autocuidado, é compromisso com o planeta. E tudo começa por saber o que se pode fazer com o que normalmente vai para o lixo.
Separamos alguns ingredientes que vocês podem começar a...
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