A diferença entre hype e realidade: só 5% das pessoas que compraram o Rabbit R1 o usam diariamente
O Rabbit R1 gerou uma enorme expectativa e chegou a vender 100 mil unidades O CEO da empresa confirmou que, atualmente, apenas 5 mil pessoas o utilizam no dia a dia Esses dispositivos de IA têm uma missão difícil: competir com os celulares
Quando Jesse Lyu, CEO da rabbit inc, apresentou o Rabbit R1 na CES de Las Vegas em janeiro de 2024, o mundo da inteligência artificial ficou em êxtase. O dispositivo era um pequeno gadget com tela, câmera e microfone, independente do celular, mas absolutamente dependente da nuvem e da inteligência artificial. Ele tornou-se viral nas redes sociais e foram vendidas 100 mil unidades. Hoje, apenas cerca de 5% dos compradores o utilizam.
Dos 100 mil usuários que compraram o Rabbit R1 (cujo preço, lembremos, era de US$ 199, ou R$ 1.136), apenas de 5 mil pessoas. Essa cifra não é fornecida por uma consultoria ou um relatório financeiro — ela foi dada pelo próprio Jesse Lyu, CEO da Rabbit, em uma conferência organizada pela Fast Company.
Um lançamento prematuro
O Rabbit R1, um dos primeiros dispositivos de IA, foi duramente criticado em seu lançamento. Não apenas era lento e carecia de várias funções, como também não se sabia exatamente para que servia. Além disso, descobriu-se que o dispositivo funcionava com Android, o que fez com que a comunidade rapidamente extraísse o APK e o executasse em outros dispositivos, desde um Pixel 6 até um iPhone. Ou seja: era um dispositivo que poderia ser apenas um aplicativo.
Jesse Lyu explica que a razão para lançar o produto tão rapidamente foi que "se você é uma startup, é melhor lançar cedo. Ponto". Essa frase se refere ao fato de que grandes gigantes da indústria, como Google, Apple ou Samsung, têm recursos suficientes para pressionar ...
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