A Rússia já possui suas próprias CPUs multi-core para IA; agora só falta o mais importante: sua GPU
Em maio, a Rússia anunciou que já tem pronto seu primeiro equipamento de fotolitografia de ultravioleta extremo O fabricante russo Graviton desenvolveu um servidor projetado para permitir a instalação de até oito GPUs para IA
A Rússia precisa tornar sua indústria de semicondutores independente de Estados Unidos, Europa e seus aliados. As sanções impostas por esses países como consequência da invasão russa à Ucrânia dificultam o desenvolvimento da indústria de circuitos integrados do país, bem como seu acesso aos chips de ponta disponíveis atualmente no mercado. O governo liderado por Vladimir Putin está focado nisso e investirá 2,54 bilhões de dólares (R$ 15,3 bilhões) até 2030 no desenvolvimento de máquinas de fotolitografia próprias.
A administração russa tem apoiado suas empresas e os resultados já começam a aparecer, embora de forma parcial. Uma dessas companhias, a montadora de computadores e servidores Graviton, já preparou seu primeiro servidor para aplicações de inteligência artificial (IA) e computação de alto desempenho, equipado com duas CPUs de 48 núcleos de origem russa. Os processadores de propósito geral que integram essa máquina foram projetados e fabricados na Rússia, embora suas GPUs sejam uma história diferente.
"Feito na Rússia", mas só em parte
Até o momento, a Graviton não revelou as especificações detalhadas das duas CPUs integradas em seu servidor S2124B, embora seja provável que se tratem de dois chips BE-S1000 da Baikal Electronics. Essas CPUs, a princípio, possuem características adequadas para suportar as cargas de trabalho impostas pela IA e pela computação de alto desempenho: 48 núcleos ARM Cortex-A75 capazes de operar a uma frequência de até 2 GHz. Esses chips ...
Matérias relacionadas
Há uma nova linguagem de programação que está quebrando os padrões: o inglês