A vida imita a arte: character.ai está acompanhando e fazendo seus usuários se apaixonar; isso é incrível até deixar de ser
Plataformas como Replika ou Character.AI se tornaram um sucesso absoluto entre o público mais jovem. Esses serviços oferecem vantagens claras para combater a solidão, mas também podem isolar ainda mais seus usuários.
Em fevereiro de 2024, ocorreu uma tragédia terrível. Sewell Setzer III, um garoto de 14 anos, cometeu suicídio. Ele vinha conversando com os chatbots de IA desenvolvidos pela empresa Character.ai há meses e a mãe do jovem denunciou a empresa por isso.
Seu caso não foi conhecido até alguns meses depois, mas desencadeou um debate que parecia inevitável: os chatbots de IA podem representar um risco para os humanos? Especialmente para os mais jovens, que também são os mais expostos.
A realidade é que estamos vivenciando, de certa forma, uma extensão do que já vivenciamos com as redes sociais. Plataformas como Facebook, Instagram, YouTube ou TikTok nos deixaram mais grudados nas telas dos nossos celulares do que nunca. Os mais jovens também sofreram os efeitos nocivos desses serviços. Até o próprio Facebook reconheceu que o Instagram era tóxico para adolescentes, e o TikTok também sabe muito bem que seu algoritmo gera vício entre os jovens e pouco faz para preveni-lo.
Do Replika ao Character.AI
O que já é terrível no caso das redes sociais também começa a acontecer com os chatbots de inteligência artificial. O Replila, por exemplo, permite que os usuários interajam com chatbots que podem simular uma relação de amizade, e um pouco além.
Alguns dos usuários confessaram estar completamente apaixonados pelos personagens virtuais. Outros confessaram como estabeleceram relacionamento amoroso com seu Replika. Outros usuários simplesmente disseram como seu relacionamento com o Replika...
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