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Abelhas vivem só metade do que viviam há 50 anos, aponta estudo

Estudo com abelhas realizado em ambiente controlado de laboratório sugere que causa de queda na longevidade pode estar na genética

14 nov 2022 - 17h38
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Ritmo de nascimento de novas colônias de abelhas não tem acompanhado o envelhecimento das colônias existentes
Ritmo de nascimento de novas colônias de abelhas não tem acompanhado o envelhecimento das colônias existentes
Foto: Boba Jaglicic / Unsplash

Um novo estudo realizado por entomologistas da Universidade de Maryland (EUA) mostrou que a expectativa de vida útil de abelhas pode ser até 50% menor do que o registrado para o mesmo inseto na década de 1970.

O estudo foi realizado com abelhas mantidas em um ambiente controlado de laboratório. Ele indicou que a expectativa de vida mais curta corresponde a maiores perdas de colônias e à redução de tendências de produção de mel observadas por apicultores nos Estados Unidos durante as últimas décadas.

A rotatividade de colônias é um processo natural e inevitável: colônias de abelhas na natureza simplesmente envelhecem, morrem e, quanto tudo está em equilíbrio, são substituídas por outras. 

O problema está no fato de que, durante os últimos anos, mais colônias têm morrido do que nascido, o que causou um desequilíbrio e fez com que o mercado de mel criasse artificialmente mais colônias para manter as suas operações viáveis.

Para entender o porquê disso, vários estudos têm se concentrado em fatores ambientais como doenças, parasitas, exposição a pesticidas e nutrição.

Abelhas foram estudadas em ambiente controlado
Abelhas foram estudadas em ambiente controlado
Foto: Aljaž Kavčič / Unsplash

A nova pesquisa, entretanto, é a primeira a mostrar um declínio geral na vida útil das abelhas potencialmente independente de fatores ambientais, sugerindo que a genética pode influenciar estas tendências de declínio.

"Estamos isolando as abelhas da vida da colônia pouco antes de emergirem como adultos, então o que quer que esteja reduzindo sua vida útil está acontecendo antes desse ponto", disse Anthony Nearman, estudante do Departamento de Entomologia e principal autor do estudo.

"Isso introduz a ideia de um componente genético. Se essa hipótese estiver correta, também aponta para uma possível solução. Se pudermos isolar alguns fatores genéticos, talvez possamos criar abelhas de vida mais longa."

Os próximos passos para os pesquisadores serão comparar as tendências na expectativa de vida das abelhas nos EUA e em outros países. Se encontrarem diferenças na longevidade, podem isolar e comparar potenciais fatores contribuintes, como genética, uso de pesticidas e presença de vírus nos estoques de abelhas em cada localidade.

Fonte: Redação Byte
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