Acordo entre Brasil e China terá 6G, chips e inteligência artificial
Temas como geração de energia solar, proteção de dados, computação em nuvem, internet das coisas e supercondutores também devem constar
O Brasil deve assinar um acordo de cooperação com a China que incluirá medidas relacionadas a fabricação de chips, implantação do 6G e até projetos com inteligência artificial, tecnologias de peso na corrida tecnológica com os EUA. As informações são da Folha de São Paulo.
Segundo o jornal, temas como geração de energia solar, proteção de dados, computação em nuvem, internet das coisas e supercondutores também devem entrar no pacote. Os documentos devem ser assinados durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, adiada pelo petista para a semana que vem por conta de uma pneumonia.
Assim que Lula desembarcar, o presidente deve cumprir uma agenda repleta de compromsissos no setor de tecnologia. Primeiro, deve visitar a gigante Huawei que domina a tecnologia 6G.
Em seguida, se reunirá com executivos da BYD, montadora concorrente da Tesla no segmento de carros elétricos e que está em negociações para comprar a fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia. Conversará também com empresários da State Grid, da área de energia, e da construtora China Communications Construction Company (CCCC), uma das principais empresas nos projetos da Iniciativa Cinturão e Rota da China.
Durante a viagem, ambos os países também devem anunciar o lançamento de um novo satélite do Programa CBERS, para complementar a rede de vigilância da Amazônia.
Mercado de chips nacional pode se beneficiar
Atualmente, o Brasil conta com apenas 11 empresas voltadas à produção backend (referente a testes, afinamento, corte e encapsulamento) de chips. A China domina cerca de metade do mercado mundial nessa mesma categoria.
Os chineses também têm certa experiência no frontend, que trata da fabricação dos componentes, mas não conseguem avançar devido a um monopólio tecnológico nas mãos de Taiwan e na Coreia do Sul.
O Brasil poderá se beneficiar da transferência de tecnologia da fábricas chiense para a indústria nacional de chips menos avançados, amplamente utilizados no setor automobilística local.