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Adeus! Microsoft desativa seu último data center submerso

Microsoft desativou o último data center submarino do Projeto Natick e não tem planos de criar outros; aprendizado será utilizado em novas soluções

25 jun 2024 - 04h21
(atualizado às 20h57)
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Microsoft anunciou recentemente ter desativado o último de seus data centers submersos instalados originalmente nos mares ao norte da Escócia, e não tem planos de criar novas instalações similares tão cedo. Os servidores faziam parte do Projeto Natick, criado em 2013, mas com operações iniciadas em 2018. O foco dessas soluções era estudar abordagens alternativas para melhorar a eficiência de soluções de servidores e outros serviços de HPC.

Foto: Microsoft / Divulgação / Canaltech

Em conversa com o site Data Center Dyanmics, a VP Corporativa de Inovação e Operações Cloud da Microsoft, Noelle Walsh, confirmou que a companhia não está trabalhando em outros servidores submersos, mas o aprendizado com a experiência será utilizado em outros casos.

"Meu time trabalhou nisso e [os servidores submarinos] foram um sucesso. Aprendemos muito sobre operações abaixo do nível do mar e seus impactos nos servidores. Então aplicaremos essas lições em outros casos."

75% menos falhas que servidores em terra

Para o experimento, a Microsoft instalou 855 servidores no data center submerso e os deixou em atividade constante sem interferência por 25 meses e 8 dias. Em paralelo, o projeto também dispunha de 135 servidores similares instalados em terra firme rodando serviços Microsoft Azure de nuvem e servindo como base de comparação.

Em um resultado impressionante, apenas 6 dos 855 servidores submarinos apresentaram falhas ao longo do período do estudo, contra 8 dos 135 servidores do grupo de controle. Proporcionalmente, isso implica em um índice de falhas cerca de 75% inferior nas máquinas operando abaixo do nível do mar. Os especialistas da Microsoft afirmam que essa diferença se dá, principalmente, pela diferença na temperatura externa dos servidores, mas outros fatores também influenciaram o resultado.

Um deles é que os tubos com os racks foram preenchidos com gás nitrogênio no lugar de oxigênio. Como não haveria a necessidade de pessoas inspecionarem fisicamente os servidores, optar por nitrogênio preveniu que os equipamentos ficassem sujeitos a processos naturais de oxidação.

Fonte: Data Center Dynamics

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