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Advogado diz que não viu sinais de que John McAfee poderia cometer suicídio

24 jun 2021 - 12h17
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O advogado do pioneiro dos softwares antivírus John McAfee afirmou nesta quinta-feira que não viu sinais prévios de que seu cliente poderia cometer suicídio na prisão espanhola em que estava.

John McAfee sendo escoltado por autoridades de imigração e conduzido a aeroporto na Guatemala 12/6/2012  REUTERS/Jorge Dan Lopez
John McAfee sendo escoltado por autoridades de imigração e conduzido a aeroporto na Guatemala 12/6/2012 REUTERS/Jorge Dan Lopez
Foto: Reuters

Legistas espanhóis conduziam uma autópsia no corpo de McAfee depois que ele foi encontrado morto na quarta-feira, em sua cela em uma prisão de Barcelona, após uma decisão da Justiça da Espanha que permitiu sua extradição de volta para os Estados Unidos.

Uma porta-voz do Departamento de Justiça da Catalunha afirmou que a morte aparentou ser suicídio, mas a causa final será determinada pela autópsia. A prisão em que McAfee estava abriu uma investigação interna sobre o caso, disse.

O advogado Javier Villalba afirmou que McAfee, 75 anos, que lançou comercialmente o primeiro programa antivírus do mundo em 1987, parece ter se enforcado depois de ficar nove meses na prisão.

"Eu tinha contatos constantes por telefone com ele", disse Villalba à Reuters. "Em nenhum momento ele mostrou qualquer preocupação especial ou sinal que nos levasse a pensar que isso poderia acontecer."

O advogado disse que McAfee sentia "dor e raiva porque não era justificado sob qualquer circunstância que ele continuasse preso".

McAfee compartilhava cela com outro preso, mas estava sozinho quando morreu, afirmou uma fonte na prisão.

O pioneiro dos softwares antivírus foi preso em 3 de outubro em Barcelona depois de anos se esquivando de autoridades dos EUA. Ele foi indiciado no Estado norte-americano do Tennessee por evasão fiscal e por fraude em um caso envolvendo criptomoedas em Nova York.

Dias depois ele escreveu um tuíte da prisão: "Está tudo bem. Saibam que se eu me enforcar, a la Epstein, não será culpa minha." Ele se referiu a Jeffrey Epstein, preso por crimes sexuais e que se matou em uma prisão dos EUA em 2019.

Em abril, McAfee reclamou que tinha contato limitado com outras pessoas e que não tinha "entretenimento, nenhum refúgio da solidão, do vazio, de mim mesmo".

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