Além do ouro e das terras raras, a China tem um trunfo na manga para impulsionar sua economia: cascas de laranja velhas
Tradição e inovação transformaram o chenpi na galinha dos ovos de ouro da região.
Sabíamos que a nação chinesa não estava nada mal na "corrida do ouro" do século XXI — uma espécie de repetição moderna da febre mineradora que tomou conta da Califórnia no século XIX.
A diferença é que, desta vez, o brilho não vem do ouro em si, mas das chamadas terras raras. Ainda assim, quando o assunto é ouro puro, a China também tem motivos para se orgulhar: encontrou um dos maiores depósitos gigantes já registrados. E mais, o país guarda até um tipo de ouro nas árvores.
O ouro de Xinhui
Esse distrito, aparentemente comum, localizado na cidade de Jiangmen, província de Guangdong, virou, nos últimos tempos, o centro de uma indústria lucrativa baseada em algo que, à primeira vista, poderia parecer sem valor: cascas envelhecidas de tangerina, conhecidas como chenpi.
A produção e o comércio dessa iguaria transformaram completamente a economia local.
Por trás de tudo isso estão cascas valorizadas por suas propriedades medicinais e culinárias, um produto que pode atingir preços altíssimos — cerca de 9.650 dólares por apenas 500 gramas. Isso mostra como o chenpi conquistou o status de item cobiçado tanto na medicina tradicional chinesa quanto na gastronomia de luxo das elites.
Origens históricas e benefícios
Na semana passada, uma reportagem especial da CNN destacou que o uso do chenpi na medicina tradicional chinesa remonta à dinastia Song (1127-1279), com registros que mencionam suas propriedades para fortalecer o baço, melhorar a digestão e favorecer o sistema ...
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