Alerta de vício deveria vir junto com smartphone, diz estudo
Primeiro estudo do gênero no aís mostra que 13% dos participantes foram classificados como “viciados”
Que o uso de smartphones é um vício, nós já sabíamos. Mas uma nova pesquisa da Universidade de Derby no Reino Unido revelou, nesta quarta-feira (4), que o nível de utilização é tão alto que o famoso anúncio dos maços de cigarro (aqueles no estilo “O Ministério da Saúde adverte...”) deveria ser reproduzido nas caixas dos gadgets.
O estudo mostra que 13% dos participantes foram classificados como “viciados”. Esses usam o aparelho durante uma média de 3,6 horas por dia. A pesquisa ainda comprova que 35% dos entrevistados já usaram o celular em áreas proibidas.
Os aplicativos mais usados são os de redes sociais (87%), de mensagens instantâneas (52%), e aqueles que divulgam notícias (51%).
“Existem vários aplicativos de smartphone - como o Facebook, Twitter, Instagram e Candy Crush, assim como o Skype e e-mail - que deixam o uso do celular mais atraente psicologicamente e podem levar ao vício”, explica Zaheer Hussain, professor de psicologia na universidade e responsável pelo estudo.
Entre os sintomas dos viciados em celular estão o narcisismo (interesse excessivo ou admiração para sua própria imagem) e o neuroticismo (traços de personalidade negativa incluindo mau humor, inveja, raiva e solidão).
Mesmo sendo um vício, o relacionamento entre as pessoas melhorou com o uso do smartphone. Dos entrevistados, 46,8% disseram que o relacionamento social está mais positivo. Já 23,5% afirmaram que o aparelho cria problemas para o relacionamento na “vida real”.
Ao todo, 256 donos de celulares participaram da pesquisa.
Comparativo de celulares: iPhone6, 5s, Galaxy S5, Moto X e outros