Algoritmo identifica depressão através da fala
Alterações na voz de uma pessoa com depressão podem ser identificadas por algoritmo de aprendizado profundo. Tecnologia ajuda no diagnóstico da doença
Cientistas chineses desenvolvem novo algoritmo de aprendizado profundo (deep learning) que pode detectar a depressão a partir da fala de um indivíduo. A tecnologia analisa inúmeras variações na voz, como tempo e ênfases. Nos testes, a ferramenta conseguiu identificar os casos da doença psiquiátrica com 87% de precisão, segundo estudo publicado na revista científica Mobile Networks and Applications.
- Tratar depressão é a forma eficaz de prevenir suicídios, apontam especialistas
- Por que a depressão afeta tantos humoristas?
O algoritmo ainda não está pronto para ser lançado no mercado, mas a tecnologia pode se tornar uma valiosa assistente para psiquiátricas e psicólogos no diagnóstico da depressão. Afinal, os indicativos da depressão exclusivos da fala, que seriam dificilmente captados pela percepção humana, poderiam ajudar no fechamento do diagnóstico.
Aqui, vale lembrar que a depressão tem diferentes desdobramentos na vida de um indivíduo. Hoje, sabe-se que o tratamento e acompanhamento da doença é uma das melhores estratégias para prevenir o suicídio.
Como foi treinado o algoritmo que detecta a depressão pela fala?
Desenvolvido por pesquisadores do Jinhua Advanced Research Institute e da Harbin University of Science and Technology, ambos localizados na China, o algoritmo de aprendizado profundo foi desenvolvido para reconhecer emoções na fala humana através da análise de características consideradas relevantes, o que pode culminar no diagnóstico da depressão.
Para treinar o algoritmo, a equipe de cientistas usou um banco de dados com gravações e registros vocais de pessoas com e sem depressão. Estes vídeos foram coletadas em entrevistas conduzidas por um assistente virtual que perguntava sobre o humor e a vida do entrevistado.
Quando testado, na prática, o algoritmo conseguiu identificar a depressão em 87% dos casos testados. A taxa de acerto foi levemente superior para os pacientes do sexo feminino, onde subia para 87,5%. Agora, os testes devem continuar no processo de aperfeiçoamento da tecnologia.
Fonte: Mobile Networks and Applications
Trending no Canaltech:
- Xiaomi lança walkie-talkie com alcance de 5 km e bateria para até 120 horas
- Al-Ahly x Real Madrid | Onde assistir ao vivo à semifinal do Mundial de Clubes?
- Android TV 13 começa a chegar a aparelhos compatíveis, mas não para você
- Preview Nova Chevrolet Montana | GM mirou na Toro, mas acertou na Strada
- 8 grandes novidades da One UI 5.1
- Exclusivo | Empresa brasileira inaugura fábrica de carros elétricos no Paraná