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Algoritmos do Instagram estimularam rede de pedofilia, diz relatório

Investigação também comparou a situação do Instagram com outras plataformas de mídia social

7 jun 2023 - 11h36
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Os algoritmos do Instagram estão sendo examinados por promoverem redes de pedófilos
Os algoritmos do Instagram estão sendo examinados por promoverem redes de pedófilos
Foto: Azamat/Unsplash

Uma investigação do The Wall Street Journal, publicada nesta quarta-feira (7), aponta que os  algoritmos do Instagram promoveram redes de troca de conteúdos de pedofilia. 

De acordo com a investigação, que contou com o apoio de acadêmicos da Universidade de Stanford e da Universidade de Massaschusetts Armherst, contas de pedófilos na rede social estão anunciando abertamente seu conteúdo ilícito usando hashtags como #pedowhore, #preteensex e #pedobait. 

Os perfis oferecem verdadeiros cardápios de material explícito para compra, incluindo vídeos e imagens de automutilação. Quando os pesquisadores configuraram uma conta teste e visualizaram o conteúdo dessas redes, receberam imediatamente recomendações para seguir cada vez mais contas do mesmo estilo, em um fluxo contínuo de conteúdos de pedofilia. 

A investigação também comparou a situação do Instagram com outras plataformas de mídia social.

  • O Twitter, que tem menos usuários, apresentou apenas 128 contas oferecendo material de abuso sexual infantil, menos de um terço do que o encontrado no Instagram;
  •  O TikTok teve uma proliferação mínima desse tipo de conteúdo;
  • O Snapchat, que é focado na troca de mensagens diretas, também não aparentou promover tais redes. 

Em resposta ao relatório, a Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, anunciou a criação de um grupo de trabalho interno para abordar as questões levantadas pela investigação e se comprometeu a combater ativamente a exploração infantil, afirmando que já removeu 490.000 contas que violaram suas políticas de segurança infantil apenas em janeiro. 

Nos últimos dois anos, a Meta afirma ter desmantelado 27 redes de pedófilos. Além disso, diz que bloqueou milhares de hashtags associadas à sexualização de crianças e impôs restrições a termos relacionados em buscas de usuários.

A investigação também revelou falhas nas técnicas de moderação do Instagram.

Segundo o relatório, em incidentes em que os usuários denunciaram postagens e contas suspeita - incluindo uma conta que anunciava material de abuso envolvendo menores de idade com uma legenda inapropriada - a equipe de revisão do Instagram liberou o conteúdo denunciado ou enviou mensagens automáticas afirmando que a alta quantidade de denúncias impossibilitou a revisão do material. 

A Meta reconheceu sua falha em agir com base nessas denúncias e está revisando seus processos internos à luz desses resultados.

Fonte: Redação Byte
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