Alienígenas? Cientistas descobrem 5 sinais de rádio misteriosos do espaço
Descoberta em Westerbork permite determinar o número máximo de átomos invisíveis em galáxia pela primeira vez
Astrônomos descobriram cinco novas rajadas rápidas de rádio (FRBs) depois de atualizarem um conjunto de radiotelescópios em Westerbork, na Holanda. As imagens revelaram raios que perfuraram a galáxia de Triangulum, nossa vizinha, permitindo que os astrônomos determinassem o número máximo de átomos invisíveis no conglomerado de estrelas pela primeira vez na história. Os resultados foram publicados na revista Astronomy & Astrophysics na quarta-feira (12).
Em 2017, pesquisadores do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics disse que raios similares poderiam estar vindo de transmissores alienígenas distantes alimentando sondas interestelares .
O professor Avi Loeb disse na época que "vale a pena contemplar uma origem artificial desses sinais".
Rajadas de FRBs são conhecidas por serem uma das explosões mais brilhantes do universo, emitindo principalmente ondas de rádio. Sua origem ainda é um mistério. Alguns cientistas sugerem que elas podem vir de estrelas de nêutrons, buracos negros ou até mesmo colisões entre objetos cósmicos. No entanto, outros pesquisadores não excluem a possibilidade de que esses sinais possam ser artificiais e criados por seres inteligentes em outras partes do universo.
Ao estudar os flashes, os astrônomos pretendem entender melhor as propriedades fundamentais da matéria que compõe o cosmos - tarefa difícil, pois não se sabe onde no céu a próxima explosão, que dura milissegundos, irá acontecer.
Anteriormente, radiotelescópios como o Westerbork detectavam FRBs de forma embaçada. A atualização, com novos receptores e um novo supercomputador chamado Apertif Radio Transient System (ARTS), permitiu a descoberta das novas FRBs e sua localização de forma imediata e nítida.
"Não se pode simplesmente comprar os componentes eletrônicos complexos de que você precisa para isso", disse o arquiteto de sistemas Eric Kooistra, envolvido no projeto. "Nós mesmos projetamos a maior parte do sistema, com uma grande equipe. Isso resultou em uma máquina de última geração, uma das mais potentes do mundo."
Segundo os astrônomos, as rajadas são interessantes porque, a caminho da Terra, atravessam outras galáxias, o que distorce o sinal original e permite rastrear elétrons invisíveis e seus átomos acompanhantes. Isso é importante porque a maior parte do universo é composta por essa matéria escura, da qual ainda se sabe muito pouco.