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Alta procura por Ozempic pode levar a falta do remédio nas farmácias

Com demanda muito maior que a prevista, farmacêutica confirma que pacientes podem ter dificuldade para comprar remédio Ozempic em farmácias. Uso é para diabetes

8 fev 2023 - 18h40
(atualizado às 20h31)
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Devido à alta procura, o remédio Ozemplic pode ficar em falta nas farmácias do Brasil. Desenvolvido pela farmacêutica Novo Nordisk, o medicamento é prescrito para o tratamento de diabetes tipo 2, mas é também usado, de forma off label — fora da bula —, para obesidade e perda de peso. Este segundo tipo de prescrição não é endossado pela empresa.

Sobre a situação incomum, a farmacêutica explica, em comunicado para o Canaltech, que a eventual falta do remédio Ozempic é "resultado de uma demanda muito maior do que a prevista". Inclusive, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já foi notificada sobre o risco de desabastecimento.

Vale explicar que Ozempic é o nome comercial para a semaglutida, um medicamento comercializado no formato de caneta injetável. Em pacientes com diabetes, reduz os níveis de açúcar no sangue e a hemoglobina A1C (a parte dos glóbulos vermelhos ligada à glicose).

Quando a disponibilidade do Ozempic deve ser normalizada em farmácias?

Nas próximas semanas, o acesso ao Ozempic ainda pode ser difícil para muitos pacientes. Segundo a empresa, "o reabastecimento de distribuidores, atacadistas e farmácias no país deve ser normalizado durante o segundo trimestre de 2023". Em outras palavras, o cenário deve normalizar a partir de abril.

Em paralelo, a farmacêutica afirma que "está investindo intensa e continuamente para resolver a situação e aumentar significativamente a produção anual" da medicação.

Falta do medicamento é provocada por pessoas que querem emagrecer?

Foto: Svitlanah/Envato / Canaltech

Fato curioso é que a situação envolvendo o Ozempic não é inédita para a Novo Nordisk. Isso porque, no final do ano passado, uma trend no TikTok fez com que pacientes diabéticos tivessem dificuldades em encontrar o medicamento nos Estados Unidos. Nas redes sociais, os usuários associavam a medicação com a perda de peso.

Questionada sobre a situação brasileira, a farmacêutica comenta que "não é possível rastrear a finalidade de uso do produto pelo paciente". Além disso, defende o uso do medicamento incluído na bula, ou seja, o tratamento do diabetes tipo 2.

"A Novo Nordisk adere a altos padrões éticos, bem como a todas as regulamentações e não promove nem incentiva nenhuma promoção off label de seus produtos (em desacordo com as informações descritas na bula do medicamento). Como um fornecedor responsável, só podemos recomendar o uso de nossos medicamentos em suas indicações aprovadas e de acordo com a prescrição médica", afirma a empresa.

Se o remédio para diabetes acabar, dá para substituir?

Como o uso do Ozempic por pacientes é contínuo, a farmacêutica explica que, durante este período excepcional, é possível mudar o tratamento, substituindo a fórmula por outros medicamentos da mesma classe (análogos de GLP-1). Para isso, o médico responsável deve ser consultado.

"Encaramos a situação de maneira extremamente séria e estamos trabalhando incansavelmente para superarmos esses desafios temporários", completa a empresa.

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