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Amazon confirma demissão de mais de 18 mil funcionários em meio à crise econômica

Esse é o maior corte já feito pela empresa até o momento; anúncio foi feito executivo-chefe do grupo após informação ter sido vazada

5 jan 2023 - 02h24
(atualizado às 08h09)
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Logotipo da Amazon
08/08/2018
REUTERS/Pascal Rossignol
Logotipo da Amazon 08/08/2018 REUTERS/Pascal Rossignol
Foto: Reuters

A Amazon anunciou, nesta quarta-feira, 4, que demitirá mais de 18 mil funcionários, incluindo alguns na Europa. Como justificativa, a gigante do varejo online cita a "economia incerta" e as contratações repentinas que precisou fazer durante a pandemia da covid-19. O plano de demissões é o maior entre os recentes anúncios de cortes de empregos que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos. É também o corte mais severo da história da empresa sediada em Seattle.

"Entre as reduções que fizemos em novembro e as que compartilhamos hoje, planejamos eliminar pouco mais de 18.000 posições", disse Andy Jassy, executivo-chefe do grupo norte-americano, em comunicado aos funcionários.

Jassy também destacou que a administração da empresa estava "profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente". "Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer pacotes que incluem indenização, seguro médico temporário e ajuda externa para encontrar trabalho", acrescentou.

Algumas das demissões ocorrerão na Europa, segundo Jassy, que acrescentou que os trabalhadores afetados serão informados a partir de 18 de janeiro. O anúncio repentino, observou Jassy, estava sendo feito porque "um de nossos colegas de equipe vazou essa informação externamente".

O jornal especializado Wall Street Journal, citando fontes próximas à gigante da distribuição, noticiou anteriormente que cortes de empregos na Amazon poderia afetar cerca de 17 mil funcionários, um número maior do que o estimado, já que a empresa já havia anunciado planos para cortar cerca de 10 mil empregos em novembro.

"A Amazon enfrentou economias incertas e difíceis no passado e continuaremos a fazê-lo", disse Jassy. No final de setembro, o grupo tinha 1,54 milhão de funcionários em todo o mundo, sem incluir trabalhadores sazonais que atuam em períodos de maior atividade, especialmente durante as férias de fim de ano.

No período da pandemia, a empresa fez contratações massivas para atender à demanda, dobrando assim sua equipe globalmente entre 2020 e 2022. No entanto, o lucro líquido da empresa caiu 9% ano a ano no terceiro trimestre.

Grandes plataformas de tecnologia - muitos com modelos de negócios baseados em anúncios - enfrentam cortes orçamentários e anunciantes cortando gastos em meio à inflação e aumento das taxas de juros.

A Meta, empresa controladora do Facebook, por exemplo, anunciou em novembro o corte de 11 mil empregos, aproximadamente 13% de sua força de trabalho. O Twitter, comprado em outubro pelo magnata Elon Musk, demitiu quase metade de seus 7,5 mil funcionários. Enquanto o Snapchat cortou cerca de 20% de seus funcionários em agosto, o equivalente a 1,2 mil pessoas. /AFP

Estadão
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