Amazon passa a vender Kindle e tem 43 vagas abertas no Brasil
Empresa inicia a venda física de seu e-reader para internautas brasileiros, com frete grátis e e-books para usuários com cadastrado prévio
A Amazon do Brasil começa a partir desta sexta-feira a venda física do Kindle no País por meio de seu site. Antes a venda do e-reader era realizada em outras lojas varejistas que tinham parceria com a empresa americana como Ponto Frio, Extra, Livraria da Vila e Casa e Video. A principal novidade na venda online do aparelho está em seu pré-registro Kindle; nele, o usuário já conectado e que tenha adquirido livros no site da Amazon brasileira, baixará seus livros para o novo Kindle automaticamente.
Entre os diferenciais para crescer a venda atrelada ao site, está a comercialização dos e-books. "Desde que abrimos em dezembro de 2012 nós tinhamos 13 mil títulos em português, hoje temos 30 mil", afirma o gerente geral da Amazon no Brasil, Alexandre Szapiro. Reponsável pela Amazon no Brasil desde 2012, Szapiro também lembra do crescimento dos e-books gratuitos como atrativo ao leitor brasileiro. "A gente tinha na época 1,5 mil títulos gratuitos. Hoje temos 2,6 mil."
Quando questionado sobre uma possível disputa entre tablets e e-readers, Szapiro afirma que não vê como o Kindle como uma questão de disputa, mas sim como algo complementar. "Você pode fazer a analogia do canivete e da chave de fenda, você precisa do canivete (tablet) porque quer fazer um monte de coisa. Mas, se o teu foco é só ler, talvez a sua decisão seja a chave de fenda (e-reader)", explica Szapiro.
O Kindle pode ser encontrado pelo preço mínimo de R$ 299 e preço máximo de 699 na versão 3G com Wi-Fi, e a Amazon ainda disponibiliza frete grátis nas compras do aparelho pelo seu site.
43 vagas em aberto
A Amazon possui hoje 43 vagas em aberto em sua operação no Brasil, em diversas áreas como T.I, conteúdo, logística, marketing e vendas. "Certamente nós estamos crescendo", enfatiza Szapiro, sobre o número de vagas em aberto e apresenta a Amazon não apenas como uma empresa de varejo, mas como uma empresa de tecnologia. No entanto, o executivo afirma que tem encontrado dificuldades para preencher as posições no Brasil, devido uma série de demandas que as posições pedem, como o inglês fluente. "O Brasil é um mercado com um número de talentos admirável, mas certamente temos uma série de requerimentos", conclui o executivo.
Sobre um possível revés na economia nacional, Alexandre Szapiro acredito que os atuais investimentos da Amazon nos projetos recentes, como a venda do Kindle em seu site, fazem parte de uma visão positiva da empresa. "Nós (Amazon) estamos otimistas com o Brasil, talvez, lendo os jornais, tenha um sentimento pessimista. Mas não é o nosso caso. Reflexo disso é o anúncio que estamos fazendo hoje do lançamento da venda online do Kindle aos brasileiros".
Se por um lado explica o positivismo da operação brasileira, por outro gerente geral da Amazon dá um "banho de água fria" quanto a esperança dos brasileiros de um site de varejo em larga escala em curto prazo, quando comparado as operações da empresa nos Estados Unidos e na Europa. "Não dá para comparar com a operação dos Estados Unidos que tem 20 anos, até porque nossa operação tem um ano".