Ambev: acusações de inconsistências contábeis impactam ações da companhia
Fabricante brasileira de bebidas Ambev foi acusada de maquiar preços para acumular créditos fiscais de forma irregular, o que afetou suas ações na Ibovespa
A fabricante brasileira de bebidas Ambev já vinha sendo afetada na Bolsa de Valores devido ao escândalo financeiro da Americanas, por ter em comum o trio de acionistas Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles. E, nesta quarta-feira (1), a empresa recebeu um impacto direto por conta de uma acusação da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), que representa os produtores menores.
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Após a publicação de um estudo feito pela AC Consultoria e contratado pela CervBrasil, a associação apontou inconsistências financeiras estimadas em R$ 30 bilhões. A acusação seria a de uma manobra parecida com a que foi constatada nas finanças da Americanas, a de maquiagem financeira: o relatório indica que a Ambev estaria inflacionando os preços de componentes para a produção de refrigerantes, e que são passíveis de isenção e geração de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus, para acumular irregularmente mais créditos tributários do que teria direito.
A notícia caiu como uma bomba na Ibovespa, que chegou a registrar baixa de 5,93% nos papeis da Ambev. A cotação chegou a R$ 12,85 e, no final da quarta, recuperaram-se um pouco, com queda de 3,51%, a R$ 13,18.
O que diz a Ambev?
Em nota, a Ambev se defendeu do apontamento feito pela associação. "As acusações da Cervbrasil não têm qualquer embasamento. Calculamos todos os nossos créditos tributários estritamente com base na lei. Nossas demonstrações financeiras cumprem com todas as regras regulatórias e contábeis, as quais incluem a transparência do contencioso tributário. A Ambev está entre as 5 maiores pagadores de impostos no Brasil."
Nesta quinta-feira (2), no começo da tarde, as ações da Ambev operavam em alta de 0,53% na Ibovespa, negociadas a R$ 13,25.
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