Analistas e investidores divergem sobre gastos do Facebook
Ao menos 15 corretoras cortaram os preços-alvos para o papel em até US$ 8 chegando a um mínimo de US$ 78
As ações do Facebook chegaram a cair até 7,4% para US$ 74,78 (aproximadamente R$ 185,93) nesta quarta-feira, um dia após a companhia revelar planos de gastos agressivos para 2015. A companhia americana, que teve receita trimestral mais forte que o esperado, projetou aumento de 55% a 75% nos gastos em 2015 para investimentos que vão prejudicar seu lucro no curto prazo.
Mas analistas assumiram uma visão mais otimista, dizendo que os pesados investimentos serão o motor do crescimento no longo prazo e reforçam o domínio de mercado da rede social.
Nenhuma corretora cortou sua recomendação para o papel, após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, e várias disseram que a queda no preço representa oportunidade de compra. Mas ao menos 15 corretoras cortaram os preços-alvos para o papel em até US$ 8 chegando a um mínimo de US$ 78, principalmente para refletir a perspectiva de gastos e receitas.
"O Facebook entregou outro trimestre forte e está muito bem posicionado num terreno cada vez mais móvel e social, e está investindo forte em oportunidades futuras de crescimento", disseram analistas do JP Morgan Securities em uma nota.
O JP Morgan tem recomendação de "overweight" para o Facebook, com preço-alvo de US$ 85 ante US$ 90 anteriormente.
A queda no preço da ação da empresa chefiada pelo fundador e presidente-executivo, Mark Zuckerberg, segue um roteiro agora conhecida nesta temporada de resultados corporativos.
Os papéis da Amazon.com, eBay, Google e Netflix também caíram após as companhias não conseguiram atender as expectativas de investidores, mas na maioria dos casos as ações se recuperaram.