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Andar 7.500 passos por dia ajuda no controle da asma, diz estudo

Cientistas da Faculdade de Medicina da USP analisaram mais profundamente a relação de atividades físicas com o controle da doença

3 jul 2024 - 10h42
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Foto: Freepik

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) descobriram que caminhar ao menos 7.500 passos diários pode ajudar a controlar os sintomas da asma moderada ou severa em adultos. O estudo foi publicado no The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice.

O estudo também debate que as recomendações médicas e as políticas públicas precisam focar no incentivo da atividade física, em vez de somente pensar em como reduzir períodos de sedentarismo.

Apesar de serem vistos como hábitos excludentes, a prática de atividade física e o comportamento sedentário podem ocorrer simultaneamente. Uma pessoa pode ser ativa, realizando pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, enquanto fica mais que 8 horas trabalhando sentada (o que seria sedentarismo).

Estudos anteriores já sugeriam como exercícios físicos podem modular os sintomas da doença, como a dificuldade para respirar, respiração rápida e curta e tosse seca. Porém, ainda não tinha nenhuma pesquisa específica a respeito do impacto real no tratamento da doença.

Resultados

Os cientistas avaliaram dados de 426 pessoas das cidades de São Paulo e Londrina com asma moderada a grave. Também foram incluídas as informações de atividade física e tempo de sedentarismo (actigrafia), assim como respostas de questionários: um sobre controle clínico da asma e outro, da qualidade de vida.

Sintomas de ansiedade e depressão, dados antropométricos e de função pulmonar também foram analisados.

Os participantes foram divididos em quatro grupos: ativo/sedentário, ativo/não sedentário, inativo/sedentário e inativo/não sedentário.

“Observamos que, quanto mais atividade física a pessoa com asma realiza, melhor é o controle de sua doença”, disse Fabiano Francisco de Lima, pesquisador da FMUSP e primeiro autor do trabalho, em comunicado à imprensa.

Os resultados do estudo mostram que quem caminhava no mínimo 7.500 passos durante o dia apresentou melhores pontuações na avaliação de controle clínico da doença, independentemente do comportamento sedentário.

A porcentagem de pacientes com asma controlada foi maior nos grupos ativo/sedentário (43,9%) e ativo/não sedentário (43,8%) em comparação aos grupos inativo/sedentário (25,4%) e inativo/não sedentário (23,9%).

Os resultados sugerem ainda que fatores emocionais, como ansiedade e depressão, também dificultam o controle da doença.

Fonte: Redação Byte
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