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Anéis de Saturno estão sumindo, e James Webb pode resolver mistério

Cientistas estão se preparando para estudar o fenômeno da "chuva nos anéis"; uma piscina olímpica de água chove no gigante do gás todo dia

4 mai 2023 - 16h47
(atualizado às 16h57)
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Impressão de um artista de como Saturno pode parecer nos próximos 100 milhões de anos
Impressão de um artista de como Saturno pode parecer nos próximos 100 milhões de anos
Foto: Nasa/Cassini/James O'Donoghue

Os anéis de Saturno estão desaparecendo. A informação pode assustar, mas não há motivo para alarde, já que, como na maioria dos eventos espaciais, o ritmo do processo está longe de afetar o cotidiano de terráqueos. Tudo só deve sumir daqui a centenas de milhares de anos.

Mesmo assim, o fenômeno intriga cientistas. Desde a década de 1980, eles sabem que os anéis gelados mais internos do planeta estão constantemente se desintegrando em sua atmosfera superior e que, graças à erosão, uma piscina olímpica de água chove no gigante do gás diariamente. No entanto, a rapidez com que o sistema de anéis está encolhendo continua sendo uma questão em aberto.

Para estimar melhor o tempo de vida dos anéis de Saturno, o Telescópio Espacial James Webb (JWST), da Nasa, e o Observatório Keck, no Havaí, irão monitorar a "chuva nos anéis" durante sete anos. Com esses dados, astrônomos esperam diminuir e tornar mais preciso o intervalo estimado para a duração dos anéis, que vai de de 100 mihões a 1,1 bilhão de anos.

"No momento, temos apenas uma estimativa muito ampla", disse James O'Donoghue, cientista planetário da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, que liderará o novo esforço para definir quanto tempo durarão os anéis de Saturno, ao portal Space.

De acordo com a pesquisa atual, as rochas espaciais e a radiação do sol perturbam as partículas do anel e dão a elas uma carga elétrica, fazendo com que elas se liguem à linha de campo magnético do gigante gasoso.

A gravidade de Saturno acaba atraindo as partículas de gelo, que são guiadas pelos campos magnéticos para fluir para a atmosfera superior do planeta.

Cientistas estão focando no fato de que, ao girar em torno do sol em sua órbita de 29,5 anos, Saturno se aproxima e se afasta do Sol, e seus anéis fazem o mesmo. 

Esse movimento determina o quanto a radiação do sol afeta as camadas mais internas do sistema de anéis e, portanto, quanto material está caindo em Saturno.

A suspeita é que, quando os anéis estiverem próximos ao sol, a chuva nos anéis diminuirá.

"O instrumento no Keck que usamos para isso antes foi atualizado e nunca usamos o JWST para isso antes", disse o astrônomo. 

"Portanto, seremos capazes de estimar o influxo do anel melhor do que nunca".

Fonte: Redação Byte
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