Animal mais venenoso do mundo, polvo-de-anéis-azuis ataca mulher na Austrália
O veneno do polvo-de-anéis-azuis pode ser letal, já que paralisa o trato respiratório, mas uma mulher da Austrália sobreviveu após ser atacada duas vezes.
No último dia 16, na Austrália, uma mulher foi atacada duas vezes pelo polvo-de-anéis-azuis, simplesmente o animal mais venenoso do mundo. Ela foi mordida no abdômen em uma praia perto de Sydney, em New South Wales (NSW). O minúsculo cefalópode caiu e pousou na região conforme ela nadava. As informações vêm do próprio serviço de ambulâncias de NSW.
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Segundo o comunicado, a mulher sentiu algumas dores abdominais e foi tratada com compressas frias antes de ser levada ao hospital para ser monitorada quanto a possíveis sintomas. Não está claro por que a mulher escapou relativamente ilesa da situação, mas ela passa bem e não teve sequelas graves.
O que acontece é que o veneno (tetrodotoxina) impede que os nervos enviem sinais aos músculos, bloqueando os canais de íons de sódio. Isso causa enfraquecimento rápido e paralisia dos músculos, incluindo os do trato respiratório, o que pode levar à parada respiratória e à morte.
Os especialistas alegam que os efeitos da tetrodotoxina podem ocorrer rapidamente ou ter um início tardio, de modo que a morte pode ocorrer entre 20 minutos e 24 horas após a toxina entrar no corpo.
Do gênero Hapalochlaena, o polvo-de-anéis-azuis tem potencial para matar 26 adultos com seu veneno em questão de minutos. Por enquanto, não há nenhum tipo de antídoto conhecido pela medicina. Esse tipo de polvo conta com uma coloração amarelada, mas se altera para azul quando está no modo agressivo.
O polvo-de-anéis-azuis vive principalmente no Japão e na Austrália. Vale entender que esses animais não criam a tetrodotoxina. Em vez disso, a toxina é produzida por bactérias simbióticas que vivem em suas glândulas salivares. No entanto, a toxina é encontrada em todos os tecidos do polvo. Isso também significa que uma pessoa pode receber uma dose letal se um desses polvos tocar sua pele.
Fonte: WebMD, Australian Institute of Marine Science, Live Science
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