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Anvisa aprova uso de dexametasona em casos graves da covid-19

Decisão da Anvisa autoriza o uso do corticoide dexametasona para o tratamento de formas graves da covid-19. Remédio é indicado pela OMS e pela agência europeia

16 dez 2022 - 17h31
(atualizado às 21h28)
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Para o tratamento de casos graves da covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na quinta-feira (15), o uso de uma nova medicação: o corticoide fosfato dissódico de dexametasona, conhecido comercialmente como Decadron Injetável. O remédio anti-inflamatório é comercializado pela farmacêutica brasileira Aché no país.

Além de casos graves da covid-19, como a Anvisa recém-aprovou, o remédio dexametasona já podia ser prescrito para o tratamento de outras doenças, como reumatismo, alergias graves, asma e até tuberculose — neste último caso, é combinado com o uso de antibióticos.

É preciso destacar que, embora o remédio tenha sido aprovado, a Anvisa reforça que não deve ser usado de forma preventiva, ou seja, não previne a covid-19. A agência também desaconselha a automedicação e destaca a importância do acompanhamento médico.

Quando usar dexametasona contra a covid-19?

Foto: RLTheis/Envato / Canaltech

Segundo a Anvisa, a medicação dexametasona deve ser somente prescrita em casos graves ou críticos da covid-19. Nesse estágio da infecção pelo coronavírus, o paciente apresenta:

  • Saturação de oxigênio menor que 90% em ar ambiente;
  • Sinais de pneumonia;
  • Sinais de desconforto respiratório grave;
  • Necessidade de tratamento de manutenção da vida;
  • Sepse ou choque séptico.

"A inclusão de nova indicação do medicamento foi baseada nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicadas no documento Therapeutics and COVID-19: living guideline, e nas manifestações de autoridades reguladoras estrangeiras equivalentes, em especial, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA)", detalha a Anvisa, em comunicado.

Aproveitando a autorização do novo medicamento contra a covid-19, a agência reforça que a melhor forma de impedir infecções pelo coronavírus é a vacinação completa, o que inclui as doses de reforço. "A Anvisa alerta que nenhum medicamento para COVID-19, substitui as vacinas aprovadas", pontua o texto.

Diferente do esquema primário da vacinação (duas doses ou imunizante de dose única), o Brasil ainda mantém baixos índices de aceitação das doses de reforço. Até o momento, 49,7% da população recebeu a terceira dose da vacina contra a covid-19, segundo o Consórcio de veículos de imprensa.

Fonte: Anvisa  

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