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Apagão cibernético: CrowdStrike afirma que maioria dos computadores voltou a funcionar após a pane

Estima-se que 8,5 milhões de dispositivos foram afetados pelo apagão cibernético da semana passada

22 jul 2024 - 13h30
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Três dias depois do apagão cibernético que gerou a "tela azul da morte" em milhões de computadores Windows no mundo, a maioria das máquinas afetadas pela maior pane tecnológica da história já voltaram a funcionar.

Em nota publicada no X, a CrowdStrike , responsável pela atualização de software que gerou o problema, relatou que muitos dos computadores afetados já voltaram a funcionar e que a companhia está trabalhando em técnicas que possam agilizar o processo. Apesar disso, especialistas acreditam que levará semanas para que os 8,5 milhões de computadores voltem à normalidade.

Ainda na sexta-feira, a recomendação da CrowdStrike era para que os usuários realizassem um processo manual de recuperação de sistema. A orientação segue a mesma.

Ou seja, mesmo que a empresa já tenha corrigido a falha do software, cada máquina deve ser reiniciada em um modo de segurança que possibilita o acesso ao sistema de comando e a exclusão da atualização que apresenta falha. Como o travamento de software impede que o computador se conecte à rede, todo esse processo é realizado individualmente.

Segundo o jornal Financial Times, a Microsoft estima que alguns aparelhos possam precisar de até 15 reinicializações para voltar a operar normalmente, o que pode levar dias.

Problemas persistem

O apagão cibernético provocou, no mundo inteiro, uma série de atrasos de voos, quedas nos sistemas de bancos e falhas operacionais em diversas empresas de comunicação. No Brasil, companhias aéreas tiveram dificuldades com o check-in e aplicativos de bancos ficaram indisponíveis por algumas horas.

De acordo com informações publicadas pelo jornal The Guardian, alguns países ainda estão sofrendo com as consequências da falha da empresa CrowdStrike.

Nos Estados Unidos, no domingo, mais de 1.500 voos foram cancelados pelo terceiro dia seguido. A sede da companhia aérea Delta AirLines de Atlanta foi a que mais sofreu com o ocorrido.

No sábado, o Reino Unido chegou a cancelar 45 voos. Além disso, o sistema nacional de saúde da Inglaterra, o NHS England, sofreu com diversos atrasos e está funcionando em escala mais lenta.

A maior companhia aérea da Europa, Ryanair, cancelou 400 voos neste final de semana por conta do apagão cibernético.

*Mariana Cury é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

Estadão
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