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Aparelho da USP mede a qualidade dos óculos de sol para direção de veículos

Usuário pode avaliar se a quantidade de luz que penetra pelas lentes dos óculos de sol chega na intensidade satisfatória

13 nov 2024 - 05h00
(atualizado às 05h00)
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Resumo
Um dispositivo patenteado mede a intensidade da obscuridade das lentes dos óculos de sol na direção de um carro, visando a segurança dos usuários e o reconhecimento de um projeto da USP.
Equipamento desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos
Equipamento desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos
Foto: Foto: Divulgação EESC

Um dispositivo é capaz de medir a intensidade da obscuridade das lentes dos óculos de sol na direção de um carro. A invenção, criada no Laboratório de Instrumentação Oftalmológica do Departamento de Engenharia Elétrica (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, adquiriu uma patente de invenção concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

Na patente aprovada, o aparelho, um protótipo semafórico, ficou intitulado como Método e Sistema de Medição de Características de Transmitância de Objetos Translúcidos. Na prática, trata-se de um pequeno equipamento, que pesa aproximadamente 1,5 kg e é composto de uma tela sensível ao toque, no qual o usuário pode interagir e avaliar se a quantidade de luz visível que penetra pelas lentes dos óculos de sol chega na intensidade satisfatória para total identificação das cores do semáforo.

A medição é feita em apenas alguns segundos. A luz, formada por LEDs de comprimentos variados de onda, alinhados com os núcleos do semáforo presentes no dispositivo, é direcionada para iluminar as lentes dos óculos.

A luz que passa pelos óculos envolve sensores especializados nesses núcleos, que são examinados por uma placa eletrônica que realiza diversas medidas. Um software embarcado fornece ao usuário a quantidade de luz que a lente transmite e informa ao usuário, por meio de uma tela, se seus óculos de sol são adequados para uso ao dirigir veículos.

Para realizar a avaliação, é necessário remover a tampa superior do dispositivo e colocar as lentes dos óculos de sol a serem avaliadas entre a placa e o LED. Para serem adequadas para a direção, as lentes precisam permitir uma passagem de mais de 8% da luz.

Professora Liliane Ventura e o pesquisador Artur Duarte Loureiro
Professora Liliane Ventura e o pesquisador Artur Duarte Loureiro
Foto: Divulgação/EESC

Além disso, o dispositivo criado pela EESC também mede a redução das luzes vermelhas, amarelas e verdes, que formam um semáforo, através das lentes do dispositivo. Com esse propósito, emprega-se um quociente de atenuação visual da luz de trânsito (Q), que não deve ser inferior a 0,8 para a luz de sinalização vermelha e inferior a 0,6 para as luzes de sinalização verde e amarela.

O aparelho patenteado 

De acordo com Liliane Ventura, professora do SEL da EESC e coordenadora da pesquisa, hoje existem óculos que são tão escuros que fazem com que não se perceba rapidamente a troca de cores do semáforo.

“Essa avaliação é feita por equipamentos de espectroscopia, utilizados por profissionais qualificados e específicos. Mas queríamos abrir a opção de verificação para um público mais amplo e a partir daí desenvolvemos um protótipo com interface amigável, em que o público pudesse testar seus próprios óculos e verificar se estão ou não apropriados para a direção.”

Artur Duarte Loureiro, na época estudante de mestrado e posteriormente doutorando no departamento, desenvolveu o projeto, convertendo o protótipo em um sistema embarcado para que o público pudesse experimentar seus óculos.

Fonte: Redação Byte
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