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Aparelhos auditivos mudam e jovens começam a usá-los; entenda

Conectados ao smartphone via Bluetooth, aparelhos também trazem design mais moderno

9 mai 2023 - 11h59
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Marcas como Sony e Jabra começaram a lançar seus próprios aparelhos
Marcas como Sony e Jabra começaram a lançar seus próprios aparelhos
Foto: Freepik

Os aparelhos auditivos já não são mais itens para os idosos, os aparatos de audição acompanharam as evoluções tecnológicas. Uma série de novos aparelhos auditivos chegou ao mercado nos últimos anos, oferecendo maior apelo a uma geração de jovens adultos que, segundo alguns especialistas, está desenvolvendo problemas auditivos mais cedo.

Além da questão auditiva, estes aparelhos se conectam ao smartphone por Bluetooth e isolam o som de locais barulhentos. Alguns dos novos modelos são feitos por marcas tradicionais, que geralmente exigem uma prescrição de especialistas. Mas a Food and Drug Administration, nos Estados Unidos, abriu o mercado no ano passado e permitiu a venda de aparelhos auditivos sem receita. 

Com isso, nomes de marcas como Sony e Jabra começaram a lançar seus próprios produtos, somando-se à nova onda de designs e recursos que atraem os consumidores jovens, conforme reportagem do jornal New York Times.

Pete Bilzerian, de 25 anos, usa os aparelhos desde os 7 anos - aparelhos auditivos multicoloridos com a moldura que envolve toda a orelha. Mas, cada vez mais, eles deram lugar a modelos menores e mais elegantes com mais recursos tecnológicos.

“Hoje em dia ninguém parece notar os aparelhos eletrônicos em seu ouvido. Se isso surgir como um tópico, eu simplesmente ignoro e digo: 'Ei, eu tenho esses AirPods muito caros”, disse o jovem ao New York Times.

Problemas auditivos mais cedo

Ao completarem 30 anos, cerca de um quinto dos norte-americanos têm sua audição prejudicada pelo ruído, estimaram recentemente os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Esse número aumenta a população já substancial de jovens com perda auditiva ligada à genética ou condições médicas.

O número exato de jovens adultos que precisam ou usam aparelhos auditivos é difícil de identificar, mas tanto os fabricantes de dispositivos quanto os especialistas médicos dizem que a população está crescendo. 

O principal fabricante de aparelhos de prescrição, Phonak, diz que o número de americanos entre 22 e 54 anos que receberam aparelhos auditivos da empresa aumentou 14% a mais do que o aumento de usuários de todas as outras idades entre 2017 e 2021.

“Curiosamente, vimos mais jovens na última década buscando proteção auditiva. Isso parece ser muito mais popular, o que é ótimo”, disse a Dra. Catherine V. Palmer, diretora de Audiologia e Aparelhos Auditivos do Centro Médico e Hospital Infantil da Universidade de Pittsburgh ao New York Times.

Especialistas dizem que há várias razões pelas quais os aparelhos auditivos estão atraindo novas gerações. As atitudes mudaram à medida que a tecnologia avançou, levando mais jovens a querer experimentá-los. 

E um número crescente de jovens de 20 e poucos anos pode precisar deles enquanto navegam em um mundo cada vez mais barulhento; mais de um bilhão de jovens em todo o mundo correm o risco de perda auditiva induzida por ruído, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

Atualmente, existem dezenas de marcas de aparelhos auditivos para escolher, desde pequenos fones intra-auriculares até aqueles que usam longos arcos metálicos ao redor da orelha. A maioria dos novos modelos possui capacidades de streaming Bluetooth. E algumas das opções de venda livre podem até ser encomendadas online com frete grátis.

Embora dados de rastreamento de longo prazo não estejam disponíveis, a associação estima que 12,5% dos americanos entre 6 e 19 anos têm perda auditiva como resultado de ouvir música alta, principalmente por meio de fones de ouvido em volumes inseguros.

Para aqueles que precisam deles, a nova onda de aparelhos de venda livre pode ser mais acessível do que muitos modelos de prescrição. Isso os torna uma boa primeira escolha para mais jovens, disse Zina Jawadi, 26, que usa aparelhos auditivos desde os 4 anos.

Fonte: Redação Byte
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