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Apesar de falhas com o Glass, Google defende gastos em novas apostas

30 jan 2015 - 13h59
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O Google planeja continuar a fazer apostas ambiciosas e caras em produtos futuristas, mesmo que isso signifique adiar alguns de seus projetos mais queridos.

A empresa de busca na Internet reconheceu pela primeira vez na quinta-feira grandes problemas com seu computador vestível Google Glass, admitindo que era hora de uma "pausa" e uma estratégia de "reínicio".

Os comentários do vice-presidente de Finanças Patrick Pichette durante teleconferência de resultados trimestrais nesta quinta-feira tinham um tom decididamente diferente do discurso do Google no início deste mês sobre da saída do Glass dos laboratórios da empresa para uma divisão separada.

A admissão de falhas com o Glass por Pichette foi particularmente notável dado que o produto tem sido defendido pelo co-fundador do Google, Sergey Brin.

Quando co-fundador do Google, Larry Page, voltou ao papel executivo-chefe em 2011 ele realizou uma série de "limpezas", que puxaram publicamente o plugue em projetos de baixo desempenho, como a enciclopédia on-line Knol e um serviço que permite que os consumidores monitorarem seu consumo de energia em casa.

Sob influência de Page, o Google está gastando bastante em uma variedade de projetos, tais como carros auto-dirigíveis, balões movidos a energia solar que fornecem acesso à Internet, robótica e saúde. Muitos desses projetos não devem oferecer retorno por anos, se é que o entregarão em algum momento.

Pichette deixou claro na quinta-feira que o crescimento da receita de 18 por cento em sites do Google durante o quarto trimestre, dão à empresa "licença" para continuar a investir em projetos de longo prazo.

O Glass é um projeto que não tem sido capaz de "superar seus obstáculos" apesar de sua grande promessa, disse Pichette.

O Google suspendeu as vendas aos consumidores do Glass no início deste mês, mas disse que vai continuar a vender o produto para empresas.

(Por Alexei Oreskovic)

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