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Apesar de sanções dos EUA, empresas chinesas de IA apresentam inovações em evento de Xangai

5 jul 2024 - 11h39
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Das gigantes da indústria às startups ambiciosas, as empresas de tecnologia chinesas encontraram-se esta semana na Conferência Mundial de IA em Xangai para apresentar suas mais recentes inovações e expressar forte apoio ao setor de inteligência artificial do país, que enfrenta sanções dos EUA.

Mais de 150 produtos e soluções relacionados à IA estão sendo exibidos na conferência, com um pequeno número de empresas estrangeiras, como a Tesla e a Qualcomm, juntando-se à lista predominantemente chinesa, segundo o organizador do evento.

A conferência também serviu como plataforma para algumas empresas apresentarem seus mais recentes produtos de IA.

Um exemplo notável é a SenseTime, que anteriormente se concentrava na tecnologia de reconhecimento facial, mas recentemente mudou sua atenção para a IA generativa, após o lançamento do ChatGPT pela OpenAI no final de 2022.

Na sexta-feira, a empresa revelou seu SenseNova 5.5, seu modelo de linguagem grande (LLM, na sigla em inglês) mais avançado, que está sendo apontado como rival do GPT-4o da OpenAI em áreas como raciocínio matemático.

Apesar dos desafios colocados pelas sanções dos EUA, que limitam o acesso a chips avançados, muitos executivos presentes na conferência expressaram confiança de que as empresas chinesas continuarão a prosperar no setor de IA.

Zhang Ping'an, executivo responsável pela unidade de computação em nuvem da Huawei, disse em um fórum que a ideia de que a escassez dos chips de inteligência artificial mais avançados prejudicará o objetivo da China de ser líder em IA precisa ser "abandonada".

"Ninguém negará que estamos enfrentando um poder computacional limitado na China", disse Zhang. "Se acreditarmos que não ter os chips de IA mais avançados significa que seremos incapazes de liderar em IA, então precisamos abandonar este ponto de vista."

Para resolver a falta de acesso a chips de ponta, Zhang apelou a mais inovação em áreas como a computação em nuvem.

Isso foi repetido por Liu Qingfeng, presidente da empresa de IA Iflytek, que, tal como a Huawei, foi colocada numa lista de sanções que a proíbe de comprar chips avançados de empresas norte-americanas.

Na conta WeChat do serviço estatal de notícias da China, Liu disse em uma entrevista que muitos dos LLMs desenvolvidos por empresas chinesas, incluindo a Iflytek, conseguiram rivalizar com o GPT-4 da OpenAI.

"Devemos ter nossos próprios LLMs que sejam desenvolvidos e controlados de forma independente pela China, capazes de comparar com os mais elevados padrões globais e reduzir continuamente a lacuna", disse.

Alguns executivos, incluindo o CEO do gigante chinês de mecanismos de busca Baidu, Robin Li, defenderam que a indústria de IA desviasse seu foco do desenvolvimento de LLMs, que exigem grandes quantidades de poder de computação e chips de IA, para priorizar a adoção de IA.

"Sem aplicações, ter apenas modelos fundamentais, sejam eles de código aberto ou fechado, é inútil", disse Li na conferência.

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