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Aplicativos favorecem o transporte ilegal, dizem taxistas

11 jun 2014 - 12h52
(atualizado às 13h29)
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Duas pessoas foram encaminhadas à Delegacia Policial de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, acusadas de estarem exercendo ilegalmente a profissão de taxista em frente a um hotel também na zona sul. A denúncia foi feita por motoristas de táxi que protestavam nesta quarta-feira na esquina da Avenida Atlântica com Princesa Isabel, uma das principais vias da zona sul da cidade, contra o aumento de táxis ilegais circulando pela cidade. Os manifestantes têm uma reunião marcada ainda para hoje na Câmara Municipal dos Vereadores para tratar da questão.

A manifestação dos taxistas acontece simultaneamente com sindicatos de outros países, como Espanha, Inglaterra e França, que também fazem o mesmo tipo de protesto em seus países de origem. Os taxistas denunciam o uso de aplicativos para smartphones que, supostamente, oferecem caronas gratuitas, mas, segundo um dos líderes do movimento, André Oliveira, o aplicativo está sendo utilizado por pessoas sem licença para conduzir táxis, mas que cobram um valor pela alegada carona, exercendo assim, uma atividade ilegal.

“Os táxis convencionais têm um cartão de identificação, selo de vistoria do órgão fiscalizador do município e placa vermelha com letras brancas. Esses carros têm placas cinzas, que são da categoria particular. É o carro de uma pessoa, de uma empresa, e param irregularmente na lateral de hotéis da cidade. Segundo informações, eles ganham propina para orientar os passageiros erradamente. Estamos fazendo uma campanha de conscientização da população e dos turistas (para alertar) que o táxi do Rio é amarelinho com uma faixa azul”, explicou Oliveira.

Os taxistas estão distribuindo panfletos em português e inglês para orientar as pessoas sobre o que deve ser observado em um carro que exerça a atividade legalmente, com autorização da Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro. De acordo com Oliveira, é perigoso, principalmente para turistas estrangeiros que não conhecem o Rio de Janeiro, entrar em carros que não tenham autorização legal para funcionar como táxi.

Oliveira disse ainda que o aplicativo de celular “oferece uma carona remunerada”. Segundo o taxista, um motorista pode baixar o software e se habilitar como "caroneiro”. A pessoa pede uma carona e é sugerido que dê uma “doação” ao caroneiro. “Se você falar ‘muito obrigado e tchau’, o caroneiro te marca com uma estrelinha. Se você pagar, o caroneiro te marca com cinco estrelas. Se você for marcado com uma estrelinha, ninguém vai aparecer para te dar carona na próxima vez”, completou.

De acordo com a Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi do Brasil, existem mais de 33 mil táxis e 50 mil motoristas licenciados no município do Rio.  

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Agência Brasil Agência Brasil
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