Após vender celulares para Microsoft, Nokia lucra com redes
Além da unidade de equipamentos de rede, A Nokia possui um negócio de tecnologia de mapas e um portfólio de patentes de smartphones
A finlandesa Nokia superou as expectativas do mercado com um forte crescimento de lucro no 3º trimestre e elevou as perspectivas de rentabilidade para sua unidade de equipamentos de rede, seu principal negócio, na esteira de grandes implementações de infraestruturas de telecomunicações na América do Norte e China.
A Nokia vendeu sua divisão móvel para a Microsoft há seis meses. Desde então, o foco tem seu tornado para equipamentos de rede e telecomunicações.
A companhia finlandesa concluiu em abril o acordo com os americanos. Além da unidade de equipamentos de rede, eles ficaram com o negócio de tecnologia de mapas e um portfólio de patentes de smartphones.
Às 7h59 (horário de Brasília), as ações da Nokia subiam 4%, ressaltando a visão positiva dos investidores acerca da transformação da companhia de uma fabricante de celulares em dificuldades para uma companhia focada na produção de equipamentos de rede.
Mesmo com preocupações sobre acordos de menor margem na China, a unidade de redes da Nokia revelou uma margem de lucro operacional de 13,5% ante 11% no 2º trimestre - e acima da previsão média dos analistas de 9,9% em uma pesquisa da Reuters.
"A unidade de redes se beneficiou de alguns desenvolvimentos únicos no trimestre, com um mix de negócios ponderado por banda larga móvel e mix regional que incluiu fortes ganhos na América do Norte", disse o presidente-executivo Rajeev Suri, em um comunicado.
Posição global
A Nokia, que ocupa a terceira posição no mercado global de equipamentos de rede depois da Ericsson e Huawei Technologies, disse que agora espera que a margem operacional da unidade de redes no ano fique levemente acima de 11%. A previsão anterior era de um resultado no teto ou levemente superior à sua meta de longo prazo de uma faixa de 5 a 10%.
O lucro operacional total da Nokia para o período de julho a setembro subiu 32% em relação ao trimestre anterior, a 457 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão). Analistas esperavam um lucro operacional de 359 milhões de euros.
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