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App de chamadas de vídeo Houseparty é acusado de roubar dados dos usuários

Usuários do aplicativo, que se popularizou em tempos de quarentena, alegaram ter tido dados roubados de contas de serviços como Netflix e Spotify; empresa negou ter sido invadida e lançou campanha de recompensas

31 mar 2020 - 15h38
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Nos últimos dias, vários aplicativos que permitem chamadas de vídeo em grupo se tornaram bastante populares por conta do período de distanciamento social causado pelo novo coronavírus. Um deles, o Houseparty, virou o favorito de usuários adolescentes por sua estrutura mais despojada. Agora, porém, o aplicativo está sendo acusado de roubar dados dos usuários.

Nas redes sociais, surgiram diversos relatos de que, após ter utilizado o aplicativo, pessoas tiveram suas contas em serviços como Netflix, Spotify, Uber e Snapchat roubadas. Os relatos, divulgados pela imprensa britânica nesta segunda-feira, 30, porém, tinham poucos detalhes dos incidentes.

Em resposta às acusações, a empresa afirmou que não que tinha sido invadida nem tinha participação nos crimes. Em sua conta no Twitter, a Houseparty afirmou ainda que não coleta senhas de seus usuários nem que permite que outros façam isso por meio de suas plataformas. A empresa lançou ainda uma campanha de US$ 1 milhão em recompensas para quem descobrir pistas de como os crimes aconteceram e disse que é vítima de uma campanha de "difamação".

Criado em 2016 pela startup Life on Air, que chegou a receber investimentos de fundos de renome como Sequoia Capital e Greylock Partners, o Houseparty foi comprado em 2019 pela Epic Games, desenvolvedora por trás de jogos como Fortnite.

Enquanto ainda não fica claro o que de fato aconteceu com o Houseparty, o usuário que decidir utilizar o app pode se prevenir de eventuais golpes utilizando algumas dicas de segurança. Entre elas, está a de variar as senhas utilizadas em diferentes contas pela internet, bem como a de utilizar um gerenciador de senhas para cadastrar suas contas. Além disso, não vincular o uso do aplicativo a contas de empresas como Google e Facebook pode ser uma boa estratégia. Aqui, veja mais dicas de segurança digital.

Estadão
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