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Apple diz que nenhum de seus produtos será tão lucrativo quanto o iPhone; entenda

Empresa tem tido dificuldade em popularizar novos gadgets além de seu smartphone

6 nov 2024 - 17h10
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Em um relatório anual recente, a Apple alertou seus investidores de que seus produtos futuros podem não ser tão lucrativos quanto o iPhone. A empresa, que está investindo em novas tecnologias como inteligência artificial (IA) e headsets de realidade virtual, reconhece os desafios e riscos de entrar em mercados ainda não comprovados.

A empresa listou diversos fatores que podem impactar a lucratividade de seus produtos futuros. Em seu relatório, ela reconheceu a concorrência intensa no mercado de tecnologia, com empresas rivais oferecendo produtos similares a preços agressivos. Os altos custos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para se manter competitiva também são citados como um fator de risco, especialmente em novos mercados como inteligência artificial e realidade virtual.

A Apple também destaca a rápida mudança nas preferências dos consumidores e a necessidade de adaptação para continuar relevante. Novos produtos e serviços podem não ter a mesma demanda que o iPhone, o que pode levar a menores receitas e margens de lucro.

A dependência de fornecedores externos para a fabricação de seus produtos também é apontada como um risco, podendo levar a atrasos na produção ou aumento nos custos, além dos desafios legais e regulatórios em diversos países, que podem aumentar seus custos e afetar suas operações.

A Apple tem investido em inteligência artificial para se manter competitiva com empresas como Google e Meta. A empresa lançou recentemente seus primeiros recursos de Apple Intelligence, sua plataforma de IA, e promete integrar o ChatGPT à sua assistente virtual, Siri, nos próximos meses.

Mesmo assim, analistas do mercado expressaram preocupações sobre a capacidade da Apple de replicar o sucesso do iPhone com seus novos produtos. O Vision Pro, óculos de realidade virtual da empresa, por exemplo, é um dispositivo caro, com preço inicial de US$ 3,5 mil, e as vendas têm sido lentas.

Além disso, há dúvidas sobre como a Apple irá monetizar seus recursos de IA, além de usá-los para impulsionar as vendas de dispositivos. Atualmente, a Apple não cobra uma taxa separada pelo acesso aos seus recursos de IA, que funcionam apenas em seus iPhones mais recentes.

Estadão
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