Apple, Google e Samsung querem gadgets que meçam glicose
Há décadas, empresas de tecnologia médica vêm buscando, com pouco sucesso, modos de permitir que pacientes diabéticos verifiquem o nível de glicose no sangue de maneira fácil. Agora, as maiores empresas de tecnologia móvel do mundo estão entrando no jogo.
Buscando aplicativos que podem transformar em itens necessários a tecnologia de dispositivos vestíveis como relógios inteligentes e braceletes, as empresas Apple, Samsung e Google estão dando atenção ao monitoramento de açúcar no sangue, segundo várias pessoas familizaradas com os planos.
As companhias estão, de modo variado, contratando cientistas médicos e engenheiros, questionando reguladores dos Estados Unidos sobre supervisão e o desenvolvimento de recursos de medição de glicose em futuros dispositivos vestíveis, disseram as fontes.
A primeira rodada de tecnologia pode ser limitada, mas eventualmente as companhias podem competir em um mercado global de medição de açúcar no sangue que valerá mais de US$ 12 bilhões até 2017, segundo a empresa de pesquisa GlobalData.
"Todas as grandes querem glicose em seus telefones", disse John Smith, ex-vice-presidente científico da Johnson & Johnson LifeScan, que fabrica suprimentos para monitoramento de glicose. "Se conseguir acertar, haverá um enorme retorno."
A Apple, o Google e a Samsung não quiseram comentar, mas Courtney Lias, diretora da divisão de dispositivos de química e toxicológicos da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, em inglês), disse à Reuters que o casamento entre dispositivos móveis e medição de glicose é "perfeita."